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A importância do posicionamento correto

A posição do seu corpo pode atrapalhar o desempenho do seu cavalo?

“Libere e corrija seu posicionamento para não prejudicar o movimento do seu cavalo”, com estas dicas de equilíbrio do experiente “Horseman” Martin Black, recentemente publicadas na revista norte-americana, “Western Horseman”, aliadas a observações nossas, fizemos esse artigo.

Para ser bem-sucedido em qualquer coisa que você faz em cima do cavalo, seja na lida com o gado na fazenda, em uma trilha, cavalgada ou na arena, o seu cavalo deve ter confiança em você. A chave para o desenvolvimento de sua autoconfiança é eliminar a confusão, as dores e o medo nele, e criar uma experiência positiva que ele voluntariamente vai repetir.

Para conseguir o desenvolvimento de um bom cavalo de sela ou de trabalho, confiante, você vai ver aqui algumas técnicas e uma filosofia de trabalho baseada em confiança, construída com base na linguagem natural do Cavalo, (pressão e alívio), para obter um cavalo pronto para fazer o que quiser da maneira mais natural, sem resistência ou conflito, e o mais eficiente possível.

Como você pode influenciar as capacidades do seu cavalo?

Como analisar situações da perspectiva do seu cavalo? Como capitalizar o seu comportamento instintivo e experiências?

Quais as maneiras de usar a lida com o gado ou o work ranch, (o trabalhar juntos), como um assessor na formação dele?

Essas perguntas já são um guia para você refletir…

Praticando nessa linha, você e seu cavalo terão as habilidades e fundamentos necessários para trazer o rebanho, apartar, jogar laço e carregá-lo num trailer, na lida de curral, numa prova de tambor onde as viradas e trocas de mão são essenciais, numa prova de hipismo e nas demais situações do dia-a-dia.

As teorias e métodos são relacionados em termos de desenvolvimento de um cavalo de trabalho, mas, muitas informações aqui podem ser aplicadas a qualquer disciplina, especialmente sobre a posição do correta do cavaleiro.

Assistindo no sábado 10/12/2016 uma prova 5 estrelas de hipismo realizada em La Coruña – Espanha, foi aterrorizante ver as expressões de dor nos cavalos, que pediam desesperadamente pelo alívio da pressão, sem obter respostas, as faltas e erros de aproximação cometidas por cavaleiros e amazonas, teoricamente de alto nível, o quanto muitos deles estavam sem qualquer noção de centro de gravidade e apoiados demasiadamente na boca dos cavalos.

Pela ordem, a primeira coisa para o seu cavalo se apresentar na sua capacidade de pico, é você conseguir manter-se em uma posição neutra, ou em uma que aumente as capacidades do seu cavalo, ou ainda, que o atrapalhe menos.

Ser capaz de sentir como seu cavalo reage ao seu peso e a posição é um importante e frequentemente negligenciado guia de conduta montado. Você verá as ferramentas necessárias para compreender e sentir como sua posição corporal, bem como suas ajudas de rédea, ajudam ou podem atrapalhar o movimento e o equilíbrio do seu cavalo.

Então você pode fazer os ajustes necessários para cavalgar e ajudar o seu cavalo atingir seu completo potencial.

Uma forma diferente de pensar

A premissa é tornar as coisas mais fáceis e mais naturais possíveis, para um cavalo compreender e implementar. Durante anos, Martin Black diz “ter estudado como motivar um cavalo por ter certeza de que ele entende o seu trabalho; capitalizando sobre experiências anteriores com sua atuação, no rebanho ou no pasto; e usando a posição do corpo e uma sensação macia nas rédeas para incentivar um cavalo para mover-se livremente na direção que eu quero”.

Muitas pessoas interpretam a motivação de um cavalo como sendo a velocidade, mas isso não é toda a verdade. Motivação diz respeito sobre a vontade, sobre quanta energia ele está disposto a colocar no trabalho, sem resistências desnecessárias. Seu cavalo precisa ser motivado para fazer algo, e se ele é despreparado, se está confuso, nervoso ou desconfortável, ele provavelmente não vai querer fazer de novo.

Confiança vem gradualmente, expondo o cavalo para o trabalho que você quer que ele faça e relacionando-o à experiências passadas, então ele tem uma compreensão clara do que você está pedindo para ele fazer.

Lembre-se do ensinamento de que se um Cavalo não faz o que lhe pedem, isso acontece por três razões: a) não sabe, não aprendeu porque não foi ensinado antes; b) não teve tempo para fazer e logo o cavaleiro lhe pediu outra e mais outra coisa e c) o pedido foi feito errado, contraditório entre a ajuda de pernas, mãos (rédeas), deslocamento do seu peso de modo conflitante.

OLYMPUS DIGITAL CAMERAAntes do seu cavalo ser selado pela primeira vez, ele já tinha experiências como cavalo, as passadas por sua mãe ou em uma manada de potros, onde aprendeu a mover-se como Cavalo, mudando de direção, transformando, parando, partindo a galope e fazendo outras manobras. Um cavalo, naturalmente, sabe como fazer essas coisas, até que você adicione um peso do cavaleiro para a equação. Isso muda tudo na mente dele.

Aqui no Rancho São Miguel, no início da doma de cima, o que primeiro ensino ao potro é a entender a questão do peso da sela e do cavaleiro, onde ele aprende sendo puxado a passo, que tem um peso novo em cima, que vai mudar seu centro de gravidade e seu equilíbrio, a maneira de como deslocar o peso do conjunto e principalmente onde vai pôr os pés.

A maior parte dos problemas que vejo as pessoas enfrentarem com seus cavalos é como se relacionam com a posição de cabeça e movimento lateral. Na maior parte, esses problemas decorrem, de uma posição do cavaleiro, pobre em usar os seus recursos, e o cavalo tentando compensar isso para não ficar fora de equilíbrio.

Um cavalo se equilibra com a cabeça e o pescoço. É preciso estudar e compreender a questão do centro de gravidade, onde está o dele sozinho, o do cavaleiro e o do conjunto. E atuar sobre esse eixo.

saida sexta feira felipe maduro x anizSe suas ajudas sobre a distribuição de peso ou rédea alteram a posição da cabeça do seu cavalo, a posição do corpo e equilíbrio, também afetam o posicionamento dos pés dele e causam efeitos antinaturais, como uma indesejável posição de cabeça, um ombro que cai e o Cavalo perde o eixo, trabalha entortando e isso lhe causa dores desnecessárias.

Isso é porque um cavalo deve ser capaz de mover sua cabeça de forma natural, a fim de mover livremente os seus pés. Se você tiver um modo muito apertado de segurar as rédeas, colocando pressão desnecessária na boca, seu cavalo irá levantar a cabeça, pedindo alívio.

Prepare-se contra a pressão e sobre como pede para ele parar, em vez de abaixar a cabeça ou derrubar o nariz para o lado, e movendo os pés na direção da viagem, o que ele fazia naturalmente no pasto.

As pessoas desaprenderam a observar o Cavalo na natureza, como se movem, (pesquise sobre biodinâmica do movimento) e quais seus movimentos corporais quando muda de direção ou velocidade.

É uma crença comum que o instinto de um cavalo é ir contra a pressão. Não somos desta opinião. Eu acredito que um cavalo instintivamente se afasta da pressão. Isto refere-se à forma como os cavalos evoluíram como animais de fuga e defesa. A reação a uma ameaça ao cavalo fará ele fugir, que é essencialmente se colocar longe da pressão. Se o cavalo não pode escapar do predador, ou da fonte de pressão, ele irá primeiro querer se afastar-se dela, ele irá negar os movimentos solicitados, e impossibilitado disso, só então irá enfrentá-la e ir contra ela.

Controle onde coloca seu peso

Quando era mais jovem, Martin Black ouviu de um cavaleiro excelente em Nevada, que disse, “que a chave para mover um cavalo para a esquerda é colocar mais peso no lado direito e vice-versa”. Ele cresceu com essa filosofia, e, como eu também testei em muitos cavalos diferentes, com escolarizações diferentes, descobri que sua teoria é de muito bom senso, é uma música para ele e aplica-se às outras coisas que fazemos com os nossos cavalos.

É bastante simples para seu cavalo permanecer equilibrado em uma linha reta. Mesmo que você mude seu peso para a frente, para trás, esquerda ou direita, ele geralmente pode compensar para você, sem alterar o seu caminho de viagem. A maioria dos problemas relacionados ao equilíbrio ocorrem quando um cavalo está mudando de direção ou fazendo um movimento lateral.

Estes movimentos são um fundamento de tudo que você faz com um cavalo, incluindo alterações de peso, lastro e inversões. Muitas pessoas escrevem pedindo “receitas” de como fazer o cavalo soltar a nuca, soltar a paleta ou desengajar posteriores. Não há um botão “x” a ser apertado para obter essas respostas, porque elas são parte de um todo, de um movimento integrado.

Se você quer maximizar o potencial do seu cavalo em qualquer disciplina, você deve aprender a posicionar seu corpo para que ele ajude, ao invés de impedir o seu movimento.

Você pode eliminar várias questões de treinamento se simplesmente “ficar fora do caminho do seu Cavalo, ou seja, se conseguir atrapalhar menos a ele”.

Pense na coluna do seu cavalo como uma corrente. Se prender a extremidade da corrente, o que representa o nariz do seu cavalo, e arrastá-lo para a esquerda, todos os elos, ou vértebras, seguirão o mesmo caminho numa forma de arco.

Agora, cuidado quando seu cavalo mudar de direção por conta própria no pasto. Primeiro dê a ele dicas com seu nariz na direção que ele deve ir, então seus pés e o resto do seu corpo seguem. Se ele está rodando para a esquerda, é natural para o seu corpo, arquear o lombo na direção da curva. O Sacro, o osso em forma de cunha que fica abaixo da vértebra lombar e faz a parede pélvica, é reto e não dobra.

Basicamente, como o cavalo se vira para a esquerda, os músculos no lado esquerdo do corpo dele se contraem para ajudá-lo a permanecer equilibrado e puxar-se através da virada. Os músculos da direita estão alongados. Quando você adicionar o peso de uma sela e o do seu corpo à sua volta, você deve aprender como permanecem posicionados para o exterior do centro de gravidade do seu cavalo, o ponto onde existem forças gravitacionais iguais em todas as direções, para evitar obstruir seu movimento.

Se você o montar em um círculo para a esquerda e distribuir mais peso no estribo de dentro (esquerdo) do que o estribo de fora (à direita), você está empurrando-o na direção que ele já está puxando. Ele vai tender a contrair os músculos do seu lado direito para puxar os mesmos e você junto, através da virada, sem ficar fora de equilíbrio.

cursos 2Você muitas vezes verá os cavalos inclinarem-se para o interior, ou deixar seu interior apoiados nos ombros. Isso geralmente é o resultado do cavaleiro inclinar-se para o interior, que acrescenta peso à extremidade dianteira do cavalo, desacoplando seus traseiros. Além disso, o cavalo dá dicas com a cabeça para fora, para ajudar a ficar equilibrada. O cavaleiro aplica uma pressão mais firme na rédea direta para puxar a cabeça do cavalo dentro da curva, o que faz com que o cavalo a sinta e tenda a resistir à pressão.

Vemos muito isto em competições amadoras. Um cavaleiro antecipa o movimento da vaca e se inclina na direção da vaca. O cavalo para, lança lhe a cabeça e desconecta seu foco da vaca, porque ele não consegue mover-se com agilidade se o piloto está pesando nele.

Por outro lado, se você colocar um pouco mais de peso no estribo externo durante a encurvatura do lado de dentro, os músculos do seu cavalo irão tirá-lo da curva. Sem a interferência do seu peso, ele vai trabalhar fora de seus quartos traseiros, que clareia o seu “front-end”, então ele pode mover-se livremente e equilibrado.

Estes princípios também se aplicam para apoiar o seu cavalo e encorajá-lo a seguir em frente. Martin Black diz que “encontrei que é mais natural para um cavalo fazer backup, se você deslocar seu peso ligeiramente para a frente, removendo a pressão de seus traseiros.

Ao montar um cavalo verde que está hesitante na transição para um trote ou galope, descobrimos que se o cavaleiro mudar meu peso para trás e sentar-me profundamente no banco da sela, o cavalo irá avançar livremente e voluntariamente. Isso indica que tendo seu peso no cavalo os blocos de front-end encaminham o movimento, e, se você remover o obstáculo, ele libera a parte dianteira do cavalo, então ele pode dirigir-se para a frente apoiado e impulsionado naturalmente nos quartos traseiros”.

Você pode sentir isto, se você se sentar em uma bola de exercício (pilates). Se você se inclinar para a frente, a bola vai empurrar para trás. Se você se inclinar para trás, ele vai empurrar para a frente. E, se você se inclinar para um lado, a bola vai empurrar na direção oposta.

Um cavalo pode aprender a compensar e empurrar um cavaleiro desequilibrado. Vemos isso o tempo todo. Mas é o oposto do que seu cavalo faz naturalmente, e ele deve passar por um programa de “reabilitação” para aprender esta nova maneira de pensar e mover-se. Tento sempre considerar o que é mais fácil e mais natural para o cavalo, se eu posso remover o meu peso como um obstáculo, então não tenho que colocá-lo através de “reabilitação” ou compensações.

Cabeça na direção certa

colorado com sidepull e hackamore (14)A posição de cabeça do seu cavalo é outro fator que influencia o equilíbrio. Se o seu peso não está impedindo o seu cavalo, e você tem o nariz apontado na direção certa, o resto da “cadeia” vai se encaixar. Mas se seu peso é deslocado para o interior de um círculo da esquerda e você vai ter que puxar o nariz para a esquerda, as possibilidades são de que sua posição estará empurrando-o para mover-se para a direita, ao invés, para a esquerda. Esse é um exemplo em que a posição errada, confunde a mente e o corpo do Cavalo por oferecer informações contraditórias.

A vértebra que se conecta ao crânio de um cavalo é chamada Atlas, e permite a flexão vertical. A segunda vértebra mais importante é a que dá o eixo, e permite que o cavalo se flexionar para cada lado. Se o eixo está apontado para a direita, mesmo que o resto das vértebras entre ela e a cernelha é arqueada para a esquerda, seu cavalo provavelmente não está preparado para mover-se para a esquerda, porque a posição da cabeça não está em condição de flexionar o pescoço — é sobre o posicionamento do corpo, a questão.

A garupa e o lombo do Cavalo quase sempre funcionam simultaneamente. Um cavalo pode engajar seus traseiros e recolher se ele é macio, em seu corpo e vice-versa. Imagine uma linha que se estende da nuca do Cavalo até a cauda. Se você aplicar um toque suave sobre a rédea, pedindo o cavalo a ponta de seu nariz ligeiramente para a direita da linha até que você pode ver apenas o canto do seu olho, o pescoço também se moverá ligeiramente para a direita da linha. E a parte de trás do selim irá deslizar ligeiramente para a esquerda da linha. Isso indica que o seu lombo se move com sua proposta de ação.

As pessoas deixam de reconhecer este leve desengajamento e continuam pedindo mais flexão sem permitir a ele perceber o alívio. Isto só ensina o cavalo a puxar contra a pressão, porque seu instinto é para afastar a pressão, não ir contra ele. E, se ele não pode fugir da pressão, então ele vai instintivamente combatê-la. Assim estragam-se bons cavalos.

Ao invés de ensinar um cavalo a responder à pressão, eu acredito em ensiná-lo a procurar alívio. Para fazer isso, aplica suave pressão na rédea direta com seus dedos e coloque seu foco no caminho do seu cavalo, não no pescoço. Independentemente se flexionar o pescoço dele, se quer refrear os movimentos sobre o eixo, que é o primeiro sinal ele está respondendo a sensação macia.

Permitir-lhe sentir o alívio e, em seguida, reaplicar a pressão, pedindo apenas um pouco mais, sem remover a folga de suas rédeas.

Se você senti-lo puxar contra você, em vez de segurar a pressão, aplicar tensão sobre a rédea direta. Então rapidamente e firmemente puxe a rédea e libere-o tão rapidamente, porque o relaxamento é tão importante quanto o puxar. Este cabo pode ser de vários quilos-força de pressão, mas usar nada mais ou nada menos do que é essencial para desencorajar o seu cavalo a puxar a rédea.

“Depois de corrigir o seu cavalo, estabelece sua sensação macia novamente. Seu cavalo logo vai aprender a manter a folga nas rédeas, e isso é como você desenvolverá a minha definição de um toque suave”, conclui Martin Black.

Reconhecer o remédio

Ao treinar o seu cavalo, nunca se contente com apenas tratar os sintomas de um problema de formação; encontre a causa e a cura.

Prestando atenção na sua posição de corpo e reconhecendo sua influência no movimento do seu Cavalo, estes são os primeiros passos no início do desenvolvimento de uma parceria entre você e seu cavalo disposto, confiante, bem como eliminará problemas de formação.

Sem você, impedindo-o com seu peso, ou puxando as rédeas, ele poderá melhor saber quais partes do seu corpo estarão mobilizadas em realizar seu trabalho, mais do que se você tentar forçar ele a fazer.

Então, no calor de uma prova com vacas ou no trabalho, ou ainda na competição, ele pode compensar os erros que você faz, porque ele tem a os Fundamentos e a confiança de um cavalo de lida, competente.

 

Os cavalos, naturalmente, têm medo de movimentos bruscos e objetos alçados sobre suas cabeças.

Quando os cavalos já foram abusados ou negligenciados, agredidos ou contidos pela dor, eles têm razões de sobra para não gostar de pessoas. Quando o cavalo nega-se a fazer algo, ou tenta fugir desesperadamente de uma contenção forçada, na maioria das vezes são duramente agredidos, porque todo aquele medo os torna perigosos, para si mesmos e para a pessoa despreparada que tentava conte-lo a força ou com violência.

Quem lida com potros em fase inicial da vida, por exemplo, desmamaram num dia e o tansportaram a outro local no dia seguinte. Sem nunca terem sido cabresteados, sem contato, apenas um desmame traumático e no dia seguinte sensações terríveis de pânico.

Chegam ao novo local e com olhos esbugalhados sem entender nada do que se passou com eles, novos cheiros, outros cavalos, eles precisam te sorte de não cair em mãos violentas. Ao receber duas potras assim, fizemos 21 dias de integração, enfrentando o desespero delas ante uma corda, um cabresto, e pouco a pouco, dez,quinze minutos a cada dia, trato regular , até que permitiram uma escovação, um contato físico lateral, com muita calma e baixa energia, mesmo com uma delas dando manotaços, de medo pânico. Até que percebeu que nada de ruim lhe aconteceria, e foram cedendo a cada dia um pouco até que no 21 o. dia conseguimos cabresteá-las e muda-las de local, levando-as para um piquete com parte da manada.

Um temível traço do medo é a “negação da cabeça”…–isso acontece, especialmente se o cavalo foi atingido na cara ou teve suas orelhas torcidas ou puxadas, ou se o abusaram com o uso do pito ou cachimbo na ponta do nariz.

Um cavalo “que nega a cabeça” vai ficar assustado ou afastar-se quando você tentar acessar a sua cabeça. É preciso algum esforço e paciência para ajudá-los a superar isto.

Lembre-se sempre ser confiante, calmo, seguro e se necessário firme e claro, sem ser violento, em torno de um cavalo.

Refazer a mente do cavalo, passo a passo

Cavalos de esporte, sela, lazer e trabalho devem ser confiantes (no ambiente, nas pessoas e neles mesmos), para aceitar e superar tarefas que devemos realizar juntos, deve ceder a cabeça na altura do seu peito, por exemplo, quando estão sendo encilhados e para ser colocada a cabeçada e ou o cabresto

  1. Como abordar a cabeça de um cavalo abusado?

Um dos pilares do Horsemanship é o uso do feeling, da intuição, da sua capacidade de ler e sentir o que o cavalo sente. De ver o mundo como ele vê.

Um outro pilar o respeito ao tempo de cada cavalo que é um indivíduo único, com suas memórias, história e manejo.

Aborde o cavalo devagar e calmamente, caminhe na direção da cabeça, do lado deles e não pela frente. Não olhe o cavalo diretamente no olho, no início; eles veem isso como uma ameaça. Nunca deixe o cavalo sentir que você esteja nervoso ou tenso, mesmo se estiver. Como fazer isso? Respire calma e profundamente.

Irradie uma atitude calma, sem medo. Se você não pode fazer isso você precisa aprender como… – porque é IMPRESCINDÍVEL se você pretende trabalhar com cavalos. Se você transparece sua calma, você acalma qualquer cavalo.

  1. Acalme o Cavalo

Permita que o cavalo sinta sua energia para “vê-lo” e se ele parece nervoso, tente cantarolar algo macio e suave até que ele pareça relaxado, respire fundo, expire longamente, para dissipar a adrenalina. Cavalos são espelhos da energia de quem os maneja porque ele sente, ele sabe mais sobre você do que você mesmo. Não faça nada apressado porque o tempo é sempre o do cavalo e não o seu.

  1. Mova-se em torno dele com gestos compassados naturalmente

Estenda sua mão lentamente até seu nariz . Não tente parecer ameaçador. Se o cavalo fizer o movimento de afastar a cabeça para fora, para o outro lado, solte a mão e dê um passo para trás, alguns centímetros. Aguarde alguns segundos antes de tentar novamente. Os cavalos são tão curiosos que a maioria deles terá um passo em direção a você neste momento. Isso é um bom sinal.

Alteza no curso24. Procure causar uma primeira boa impressão… para ele isso quer dizer calma e segurança

Esfregue o nariz dele até que ele entenda que você não vai machucá-lo. Muitos cavalos gostam de explorar ou mordiscar com seus lábios. Deixe ele fazer isso na sua mão ou manga. Se você tem medo de que ele pode beliscar você, tire a mão suavemente e sem alarme ANTES que algo aconteça. Se você assustá-lo com gesto brusco estragou tudo e terá que voltar à estaca zero. Não existe segunda chance de causar uma primeira boa impressão.

  1. Conhecer um ao outro para criar confiança

Mova lentamente a mão da ponta do nariz do cavalo até a testa, no ponto cego, por todo o chanfro . Esfregue a testa suavemente em círculos e fale calmamente com o cavalo. Você pode tentar olhar nos olhos dele agora. Fazê-lo com seus próprios olhos semi-cerrados em uma expressão de sono; Não fique olhando, troque energia com ele, sinta como ele se acalma, as suas respirações podem até entrar na mesma frequência. Se os olhos do cavalo estão também semi-cerrados este é um bom sinal, significa que ele está se acalmando.

  1. Observe cavalos em manada, comunique-se com ele na linguagem natural deles

Esfregue com energia e firmeza mas com afeto, o pescoço, desça para as costas, flancos, pescoço, tente seguir com a mão para a crineira e vá sentindo até onde permite que vc vá subindo em direção à nuca, sem ficar com o pescoço tensionado. Quando ele for contrair o pescoço você cede e volta a um ponto de conforto para ele, antes de esfregar a face dele mais uma vez . Os melhores lugares para fazer isso são onde cavalos coçam uns aos outros: no pescoço superior direita atrás das orelhas e na cernelha (os ossos grandes na base superior do pescoço) e nas costas.

  1. Eles são espelhos da sua emoção. Sabem muito mais sobe você do que você imagina

Olhá-lo suavemente no olho de vez em quando e deixá-lo olhar para você . Se acontecer algo assustador ou pelo alto em torno de você, absolutamente ignore-o! Isto irá mostrar-lhe que não tem medo, que aquilo não é perigoso. Na manada, ante uma situação nova que pode ser causadora de medo, eles não a enfrentam sozinhos, eles observam a égua alfa, se ela se assustar ou fugir eles o fazem, se ela estiver tranquila eles irão explorar o momento. Ante o medo os cavalos preferem ter alguém para lidar com isso para eles. Mostrando-lhe, que você é seguro, o cavalo vai começar a considerá-lo como um cavalo “Alfa” e ele se sentirá mais seguro em torno de você.

  1. Aja como líder alfa

Voce sem querer pode até tê-lo colocado em uma situação difícil, uma encrenca, em um terreno ruim, numa situação totalmente estranha e desconfortável , e deve parecer a ele que você, calmo e seguro irá tirá-lo daquilo em vez de ele perceber que você é o culpado daquilo estar acontecendo, o que faria ele querer distancia de você.

  1. Você não ensina nada a ele, você cria condições dele aprender

Quando na fase inicial de escolarização, em um redondel, com guias longas ou cabresto, ou rédeas longas para atuar do chão, bandeirolas, o seu cuidado deverá ser o de ir apresentando com segurança, sem dor, lendo o cavalo, sentindo que ele vai se tensionar demais, você volta um movimento atrás, resgata a confiança dele, até que ele seguro vai permitindo que as novidades, novos desafios e problemas sejam apresentados e ele começa a responder e a aprender enquanto se diverte, nunca por medo, ou dor.

12129_a_campo910. Ele só vai ceder e confiar quando sua energia o fizer sentir-se seguro sobre qual sua intenção

Cavalos com memória de dor na orelha, nariz, boca, nuca, irão demandar mais tempo para serem reabilitados e parar de negar o contato com esses locais. A responsabilidade de quem maneja é maior, até que sem nenhuma violência ele ceda e permita que você possa cortar a crina na nuca, limpar as orelhas, passar uma cabeçada com ele colocando a cabeça na altura do seu peito. Lembre sempre que na natureza são predados, servem de comida a grandes felinos, que os atacam justamente pela nuca e pescoço e está gravado em suas mentes que ali é perigoso. Se o tratador/treinador/cavaleiro, o agredirem nessas regiões é o mesmo que lhes dizer.. você está certo mesmo de ficar em pânico, porque eu te machucar bem aí onde é perigoso, mas se você for desse tipo de gente, não reclama se receber um manotaço ou um belo coice … ele foi justo e necessário para que respeite o tempo de cada cavalo.

Laminite: uma das doenças mais difíceis de ser tratada

A ocorrência da Laminite, uma doença que faz o cavalo claudicar (mancar) e até perder um ou mais membros, em casos crônicos pode levar à eutanásia, era associada no passado a pôneis acima do peso, mas ela pode na verdade afetar cavalos de qualquer tamanho e idade.

Nessa doença, as lâminas que ligam a falange distal ao interior do casco enfraquecem. A falange distal, então, fica solta no interior do casco. Dessa forma, ela sofre rotação e algumas vezes até mesmo perfura a sola do casco. Ou causa o descolamento de todo casco. Isso acontece em casos de Laminite crônica.

laminite-7A fase inicial da Laminite é conhecida como fase aguda. Nesta, o cavalo desenvolve a doença, mas a falange distal ainda não está solta.

Fique atento a alterações de humor do cavalo. Ele pode ficar apático e o apetite pode ficar menor do que o normal.

O cavalo vai tentar evitar exercícios, pois caminhar causa dor. Ele também pode ficar em pé de um jeito diferente do normal numa tentativa de aliviar a dor. Por exemplo, ele pode empurrar as patas dianteiras para frente para diminuir o sofrimento (acampado).

laminite-5Observe alterações no andamento, tais como não ser capaz de virar com facilidade, principalmente em superfícies duras. Mesmo que ele pareça bem ao andar em solo macio, a maneira como ele anda nas superfícies duras é crucial para detectar o problema. Além disso, o cavalo pode querer trocar de uma pata para outra o tempo todo, rodando em torno de si mesmo, indicando claro desconforto.

De 24 a 48 horas entre os eventos ou condições que precipitaram a Laminite e o ponto, quando é evidente que o cavalo está com dor e manca, estas horas são conhecidas como o “período de silêncio”. Uma vez um cavalo começa a expor o desconforto dos sintomas de Laminite, a condição é impossível de reverter. Uma faixa de investigação sobre Laminite envolve investigação dos mecanismos metabólicos complexos no local de trabalho, durante o período de silêncio para que um dia possamos impedi-los de desencadear um conjunto  de eventos que levam à dor e à deformidade permanente dos cascos de um cavalo.

A bibliografia médica é extensa e evoluiu muito a compreensão sobre as diversas causas da doença.

Podemos resumir em alguns itens:

– Excesso de glicose no sangue

– Excesso no fornecimento de grãos

– Intoxicações decorrentes de cólicas agudas

– Intoxicações decorrentes de uso de corticoides em excesso

– Intoxicações por bactérias grã negativas

– Concussões na região da sola por excesso de exposição a solos muito duros

– Excesso extremo de trabalho, estresse,

– Alimentação irregular

Uma prolongada concussão contra uma superfície implacável, como asfalto, pode levar a uma condição comumente chamada “road founder” ou afundamento pelo piso. A força de cada passo literalmente puxa as lâminas da parede casco; Este é um exemplo em que um cavalo pode sofrer o afundamento direto sem ter tido Laminite. Simplesmente trotando ou marchando, se atravessar uma rua não causará o problema. A maioria dos cavalos que desenvolvem afundamento pelo piso viajaram trabalhando em estradas difíceis por muitos quilômetros durante dias ou trabalhou no asfalto ou terreno pedregoso sem a devida proteção em seus cascos.

laminite-3Um dos maiores danos à saúde do cavalo são os causados por aqueles que não consideram a necessidade de condicionamento físico adequado, e exigem demais do cavalo.

Outros, como os “especialistas de internet”, que não vivenciam o cavalo e apenas acessam conteúdo virtual e saem a campo fazendo experiências danosas a seus animais. Esses, os que acham que sabem aquilo que não sabem, ainda falam e publicam sobre bem-estar animal, fazem proselitismo, granjeiam apoio de outros bem-intencionados, e pensam ser plenamente controladores das reações fisiológicas e comportamentais de seus animais, via de regra, animais que compraram prontos, bem domados e dóceis.

Considero danosas essas pessoas, porque o cavalo nos ensina a rebaixar o ego inflado, a vivenciar e aprender em um dia de cada vez, considerando na pratica e não no discurso o bem-estar animal.

Nenhum neófito (iniciante) sem a vivência da lida com centenas ou milhares de animais e casos deve ditar “suas verdades ou opiniões pessoais, subjetivas”, baseadas no que acha, no que leu, como se fosse a mais nova autoridade no manejo dos equinos, porque quem vai pagar a conta é o cavalo. Não tem a confrontação com a prática para “pontificar” como certas as suas atitudes e julgar como errados os profissionais que vivem do e para o cavalo.

Quando se extrai o cavalo de seu habitat natural, e coloca-se o animal em um regime de uso anormal, os cuidados devem ser redobrados;

Esse tipo de gente discursa em nome de bem-estar, como por exemplo, na retirada de ferros dos pés, sem respeitarem um tempo mínimo de dois  a três anos para que as estruturas de sustentação sejam renovadas e em menos de quatro meses, expõe os animais a saídas em solo pedregoso, sem qualquer proteção, nem mesmo as chamadas botas ou tênis equestres. A Laminite, com toda sua severidade se manifesta em grau 1 e aí a “experiência” dos curiosos persiste, sem acatar sequer a necessidade de repouso que o caso requer…

Não há milagre a não ser prevenir e uma vez instalado o quadro da doença, também não há milagre no tratamento e nem ele pode ser abreviado. Papel, tela de micro, post em rede social aceitam qualquer besteirol. Cavalos de verdade, Não!

 Prevenindo a Laminite

 Não alimente o cavalo com muito carboidrato ou açúcar. Certas gramíneas são muito açucaradas para cavalos, o que impede a digestão do carboidrato. Geralmente as gramíneas na primavera e no outono são muito doces, assim como a grama cultivada especialmente para o gado. Embora os especialistas ainda desconheçam a razão, o excesso de carboidrato no corpo do cavalo pode levar à Laminite.

Evite alimentar o cavalo num pasto para gado e também evite deixá-lo pastar logo após uma geada. Além disso, o capim muito curto (brotos) pode ser muito rico em açúcar para um cavalo

Diminua o consumo de cereais. Embora os cavalos possam comer um pouco de cereais, procure não dar demais. Você deve, acima de tudo, limitar o consumo de cereais ricos em xarope de açúcar. Assim como a grama muito doce, o excesso de grãos pode gerar em um excesso de carboidratos no organismo, o que induz à Laminite.

Identifique os sinais de Laminite após alguma infecção.

Outras doenças podem levar à Laminite também, tal como a doença de Cushing. Sempre procure sinais de Laminite se o cavalo tiver a síndrome de Cushing.

(A síndrome de Cushing em Equinos é uma doença de caráter endócrino que atinge principalmente equinos com idade superior a 15 anos. É uma doença neuro degenerativa progressiva. Ocorre uma hiperplasia da glândula pituitária na sua parte intermediária, que pode inclusive evoluir para uma neoplasia ou adenoma de glândula pituitária que se estende pelos neurônios dopaminérgicos do hipotálamo até a glândula pituitária, essa hiperplasia, por sua vez, provoca um aumento na secreção do ACTH (hormônio adrenocorticotrófico). O ACTH atua sobre a secreção de hormônios da glândula suprarrenal, especificamente no córtex da     adrenal, estimulando esta glândula a produzir Androsterona, Cortisol e Andrógenos.   O cortisol é um hormônio que provoca principalmente nos equinos alterações sistêmicas bastante relevantes, pode-se citar o aumento na frequência cardíaca e respiratória, degradação dos tecidos pelo catabolismo proteico, e diminuição da imunidade do animal. Os equinos que apresentam essa síndrome invariavelmente poderão apresentar uma hipoperfusão periférica, com hipertensão tecidual.

O cortisol nesta espécie provoca um recrutamento do sangue periférico para órgãos mais importantes, como fígado, cérebro, coração, etc. esse recrutamento provoca uma diminuição na circulação do sangue nas extremidades, especialmente no casco dos equinos, provocando desta forma uma Laminite, neste animal. O diagnóstico precoce, consiste na observação dos sinais clínicos como imunossupressão e Laminite. Doenças da falta de imunidade como infecções recorrentes, catarro, gripes, abscessos, pneumonias e a Laminite. Animais com idade superior a 15 anos que apresentar essa sintomatologia clínica deve passar por esse diagnóstico diferencial.)

Veja se há ocorrência de Laminite depois de medicá-lo com corticosteroides. Se o animal fez um tratamento com esteroides, fique atento para os sintomas de Laminite. Deve-se prestar atenção principalmente quando ele tomar grandes doses

Não se esqueça de jeito nenhum de que esteroides e fenilbutazona não devem ser administradas em conjunto, pois isso pode ser fatal. Se o seu animal desenvolveu a Laminite depois de um tratamento com esteroides, fale com um veterinário antes de dar fenilbutazona para aliviar a dor.

Não deixe os cavalos correrem em terrenos duros. Outro fator que pode levar à Laminite é fazer com que os cavalos façam muito esforço em um solo duro, como concreto. Além disso, os equinos que estiverem acima do peso podem ter esta doença, pois o excesso de peso aumenta a pressão sobre os cascos.

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Cowboys, vaqueiros e tropeiros tem um belo código de conduta

Baseado no texto de Ross Hecox, para a revista Western Horseman, trata-se de um belo código de ética e de conduta, não escrito até então, mas praticado há mais de 200 anos, tanto na América como aqui nas tropas. Algumas musicas da nossa cultura como travessia do Araguaia, mostram isso, deixando claro os papéis e posições de cada vaqueiro da tropeada.

Em expedições equestres, longas viagens a cavalo, como a que fizemos recentemente por cerca de 200km na Rota da Luz em SP, e que tem sido cada vez mais procuradas por pessoas que amam os cavalos e a natureza, também se aplica esse código que tem aqui alguns de seus pontos principais.

CÓDIGOS DE VAQUEIROS E TROPEIROS

Durante décadas, vaqueiros têm vivido por um código não escrito de ética que orienta como eles trabalham, e como eles interagem e tratam do gado, do cavalos e outros cowboys. Muito do que decorre de respeito, cortesia e um entendimento de como fazer o trabalho. Abaixo estão alguns códigos importantes, consagrados pelo tempo.

ANDAR ATRÁS DO CHEFE

Estigarribia campeando 1Quando uma equipe viaja em qualquer lugar em cima de cavalos, vaqueiros experientes sabem que o chefe sempre lidera o caminho. É indelicado andar na frente dele, e além do mais, ele conhece o país, o local e a estratégia para trabalho daquele dia.

FIQUE NO SEU LUGAR

Ao mover um rebanho de gado, é importante permanecer na sua posição. Se você está tocando a tropa por trás (culatreiro), continue dirigindo daquele lugar. Se você está flanqueando o rebanho do lado direito, não muda para outro lugar. Jim Scott, que trabalha em um rancho no leste de Montana, diz que ficar em seu lugar faz o gado à direita trabalhar mais suave, mostra respeito pelo outros cowboys e ajuda toda a gente sabendo das suas responsabilidades. “Se você se mexer, não é apenas uma falta de cortesia, é falta de trabalho em equipe,”, diz Scott.

PERMISSÃO PARA MONTAR

saida sexta feira felipe maduro x anizSe uma pessoa está visitando uma fazenda sem uma montaria própria ou carona de um empregado está temporariamente fora de serviço, não é educado selar o cavalo de outra pessoa para montar, sem pedir. Fazendeiro de Nebraska, Craig Haythorn, adere estritamente a este código, mesmo que ele e sua família sejam próprietários de todos os cavalos, estão a passeio e os cowboys cavalgam profissionalmente.

“Se eu sei de alguém que precisa pedir emprestado um cavalo, não empresto antes de verificar com o cara que está na fila para montar esse cavalo,” diz ele. “Os cavalos são meus, de qualquer forma, mas é costume perguntar antes”.

NÃO FAÇA O TRABALHO DO COZINHEIRO DA COMITIVA

expedição rota da luz (177)expedição rota da luz (192)Até os cães entendem que não é para não morder a mão que os alimenta.

Da mesma forma, cuidado para ficar do lado do Cozinheiro, enquanto ele está a cortar, misturar e servir as refeições dos cowboys. Muitos contratam o trabalho de cozinheiros de antes do nascer do sol até após o anoitecer, preparando três refeições por dia para cowboys com fome. Vaqueiros que entendem completamente esse código estão certos em elogiar o cozinheiro e a comida que preparou e trazer seus pratos vazios para a pia, se preciso e se tiver tempo ajudam a lavar.

ORDEM ATRAVÉS DAS PORTEIRAS

Sempre que um grupo de vaqueiros passam por uma porteira, há uma regra não escrita sobre como eles passam através dela. Geralmente, um dos homens mais jovens abre o portão, guardá-lo para os outros. Para ser cortês, os outros cowboys passar por em ordem, um de cada vez.

“É o tipo da lei da terra,” diz o ‘ Neal, que tem trabalhado puxando as vacas por mais de 60 anos, . “Todos eles devem passar em ordem, então pare e espere o homem para fechar o portão. É uma cortesia, mais ou menos.”

TIRE AS MÃOS DO QUE NÃO É SEU

expedição rota da luz (331)“Não furtarás” foi escrito em pedra — literalmente — há milhares de anos. Vaqueiros tendem a honrar este princípio bíblico com condenação. E para eles, vai além do farfalhar de bezerros, passar o cinto de dinheiro do chefe ou libertar um homem da sua sela valorizada. Tomar emprestado de outra pessoa pertences ou montar seu cavalo sem permissão também não é permitido. Até mesmo a invadir seu espaço é geralmente é visto como uma forma de invasão ou roubo.

“Em fazendas onde trabalhei, ninguém usou minhas coisas,” diz Roland Moore, um veterano cowboy de Montana. “Sua barraca no estábulo sempre foi só sua. A cozinha era um lugar seguro, tanto que você poderia deixar seu dinheiro na mesa, e voltaria lá dias depois e tudo estaria no mesmo lugar. E no jantar, o seu lugar na mesa sempre pertencerá a você. Isso é apenas a maneira que sempre foi e tem de ser.”

CUIDE DO SEU CAVALO ANTES DE SI MESMO

expedição rota da luz (88) expedição rota da luz (94)expedição rota da luz (252)Cuidar de um cavalo é um princípio básico de equitação. Dallas Cowboys, é um código que vai além de alimentação, medicação, desparasitação, aliciamento e acariciando de seu Cavalo no pescoço. Feno, grãos e água virão antes do feijão, café e biscoitos. Cansados de uma viagem os cavalos irão descansar durante dias, às vezes semanas.

Durante a viagem primeiro um paciente trabalho de dedicação a eles. Durante os longos e duros dias trabalhando com gado, vaqueiros pausam o trabalho perto da água, para que seus cavalos possam beber. Também não se importam que nessa pausa, se alivie os cavalos da pressão retiram a sela fora do seu parceiro suado.

Um cavalo continua a ser uma ferramenta vital no trabalho diário nos ranchos. Não só faz tratamento de um cavalo de forma correta, mas falamos de uma atitude leal, disposta, que também deixa eles de bem com a sua consciência de vaqueiro.

Dicas sobre como abordar o Cavalo para quem quer viver um bom “horsemanship”

Depois de vinte anos, o Horsemanship começa a ser empregado mais amplamente, e aí como o brasileiro é muito ligeiro, começamos a ver de tudo um pouco, desde a aplicação do termo sem uma compreensão mais profunda do que isso significa, vemos pessoas da lida tradicional incluirem a expressão “horsemanship” ao lado de suas marcas e vemos mesmo pessoas já vividas reduzirem todo o conceito e a filosofia a uma simples expressão.

Então, como contribuição e sem pretensão, aqui me proponho a jogar alguma luz na questão. Abrir mesmo um debate construtivo, pelo bem do Cavalo e das pessoas bem intencionadas.

A relação entre Homem e Cavalo alcançou novos patamares a partir da ação de verdadeiros cowboys, do século XX, capazes de tocar a alma do Cavalo, mais focados em construir um ambiente de confiança, duradouro e focado no resultado do trabalho, ou seja, na formação de bons Cavalos.

Dentre estes mestres situamos os irmãos Tom e Bill Dorrance, que lidaram com cavalos toda sua vida, dos 5 aos 80 anos, o Ray Hunt que começou como discípulo deles, e Buck Brannaman entre outros, no Brasil, o nosso Eduardo Borba. Aqui, tomei a liberdade entre um pensamento e outro de inserir uma nota explicativa, fruto das nossas observações do dia-a-dia, mais como complemento e esclarecimento do que como pretensão pessoal.

Eles resgataram a expressão “Horseman-relationship

Por quê resgataram? Porque a primeira obra com referencia a essa expressão, data de 2500 A.C. , o livro do general grego Xenofontes, chamava-se “A arte do Horsemanship”, um manual para os soldados estabelecerem um relação de respeito e confiança com seus cavalos, parceiros, dos quais dependiam suas vidas.

historyartofhors00bere_0009Como em todas as áreas do conhecimento humano, os valores da Antiguidade Clássica foram apagados pelo atraso da Idade Média. Quase mil anos de ignorância e obscurantismo deram margem a uma relação de brutal violência entre os homens e os cavalos.

Então os velhos mestres resgataram um conceito fundamental, “coloque a sua alma no lugar da alma do cavalo”, veja o mundo como eles vêem, ajude-os a encontrar alívio e conforto, a sentirem-se seguros quando ao nosso lado, chega de tentar fazê-los obedecer pela força e brutalidade dos ignorantes que não conhecem a Natureza do Cavalo. Chega de tentar usá-los como fator de espetáculo circense sem nenhuma relação com a Boa equitação.

Na expressão Horsemanship, a palavra cavalo, em inglês, vem na frente e isso NÃO É POR ACASO. Então não existe bom ou mau Horsemanship, isso na opinião dos reduzem a expressão a uma tradução ao pé da letra. Horsemanship significa estabelecer uma relação do ponto de vista deles, o cavalo, suas necessidades, medos, insegurança, em primeiro lugar, na frente.

Existe o verdadeiro horsemanship antes e depois dos Mestres. Muitos dos nomes em evidência hoje, chegaram mesmo a ser alunos desses Mestres, mas que hoje tem se entregue à pressão da grande mídia, à vaidade e ao capricho do Ego, e especializaram-se em uma habilidade, valorizando um “reconhecimento pessoal” que a TV ou as revistas oferecem.

Enquanto eles buscavam muito mais a resposta certa dos mais de 10 mil potros que iniciaram, ou a recuperação de um Cavalo traumatizado, como o trabalho de Buck que verdadeiramente inspirou o livro e o filme “O Encantador de Cavalos”.

A reprodução do ensinamento generoso dos grandes mestres do Horsemanship, é um tributo ao que eles fizeram pelo Cavalo, lamentando ao mesmo tempo o quanto é triste a falta de referencia histórica das TVs, dos programas que hoje fazem um verdadeiro “auê” em torno de pessoas que vivem sim do Cavalo, mas não para o Cavalo. Não vamos confundir mais os espetáculos de marketing e os aplausos para showmens que reduzem o cavalo à condição do espetáculo cheio de mistificação, de selecionarem cavalos calmos um dia antes dos seus shows, sem relação com Horsemanship

cursos 5Um bom Horseman deve ter coragem de Leão, Paciencia de Homem Santo e mãos de Pianista

O cavaleiro ideal “tem a coragem de um leão, a paciência de um Santo e nas mãos de uma firme sutileza no toque.”

Por que um leão? Porque ele vai atacar um animal muito maior, sem hesitação, e nós humanos até agora somos superados em muitas notas (10 x 1), pelos cavalos.

A paciência de Homem Santo é auto-explicativo, porque qualquer um que tem sido em torno de cavalos sabe deve tê-lo ou você não conseguirá nada. E quantas vezes vemos tratadores e treinadores sem conhecimento efetivo da Natureza do Cavalo os espancarem, castigarem com violencia … gritando ô cavalo isso e aquilo, como tem coragem de me desobedecer?

“Quando um Cavalo não compreende o que esperamos dele, isso ocorre por três razões:

  1. não lhe foi ensinado antes
  2. não teve o tempo de resposta respeitado
  3. ou está confuso e não compreendeu o pedido.

Quando uma dessas três coisas acontece você vê isso refletido na sua expressão e na aparência do seu corpo pedindo ajuda”, ensina Eduardo Borba (DOMA).

E as mãos de pianista? Bem, em sociedades primitivas, diz Dr. Miller, os homens faziam a maior parte da caça e a defesa do grupo, e isto é simbolizado por um punho fechado, que é visto como masculino.

O uso dos dedos, por outro lado, é tido como “sutileza”. E se queremos leveza e boa comunicação com o nosso cavalo sob a sela, diz o Prof. Miller, precisamos aprender a usar os dedos, em vez segurar as rédeas com um punho fechado, cheio de força equivocada.

Vale a pena ler, pensar, refletir, comparar com sua prática ao lado dos cavalos e tentar captar as mensagens essenciais que estão entre as linhas do pensamento destes Mestres.

Vamos lá, boa leitura e reflexão.

“ A sensibilidade nos dá o tempo e o tempo nos dá o Equilíbrio” Ray Hunt

“Não é o cavaleiro que tem um cavalo com problema, mas o Cavalo que tem um cavaleiro com problema” Mary Tweelveponies

“Temos que aprender a sentir o que ele sente” Ray Hunt

“Pensar, sentir e reagir como o Cavalo, é muito mais do que olhar racionalmente com seu ponto de vista. O sentir o que o Cavalo sente quer dizer, colocar-se de fato e por inteiro no lugar do cavalo”. José Luiz Jorge (RSM)

“Responsabilidade Mútua é fundamental para a verdadeira integração Homem-Cavalo. Você pede o Cavalo responde, Voce alivia. É assim que ele aprende. Na verdade, o que ensina é o alívio da pressão. Essa a linguagem natural deles”. Eduardo Borba (DOMA)

“Seu Cavalo não será cuidadoso e preciso se você não for cuidadoso e preciso”. Ray Hunt

“ Aprenda a pensar do ponto de vista do Cavalo, para poder compreender sua linguagem. Nunca perca o controle de si mesmo”. Ray Hunt

“ Quando o processo é o aprendizado, e não um processo que causa apreensão e desconfiança, onde o medo seja a tônica, os resultados não demoram a aparecer”. Tom Dorrance

“ O cavalo primeiro tem de desenvolver a confiança no ambiente, depois, nele mesmo e só depois no seu cavaleiro”. Tom Dorrance

“O cavalo é espelho do cavaleiro”. Dito popular

“ Aquilo que você não tolera ver no comportamento do seu Cavalo é o que você não gosta em si mesmo”. Mude e ele muda. No trabalho com potros e cavalos não existe pressa e nem respostas instantâneas” José Luiz Jorge (RSM)

“ Muitas vezes, ir devagar é o jeito mais rápido de se chegar lá”. Tom Dorrance

“Não tenha medo de expor seu Cavalo a coisas que ele nunca viu antes, mas …. tome cuidado para não sobrecarrega-lo. Nunca porém, o exponha a situações nas quais ele pode perder a confiança que acabou de adquirir”, Tom Dorrance

“ Faça com que as coisas erradas fiquem difíceis e as certas, fáceis”. Ray Hunt

“Não se esqueça que existe um propósito e um significado atrás de cada coisa que você pede para seu cavalo fazer”. Ray Hunt

“ Todas as solicitações, além de claras e no tempo correto, devem ter sentido na mente do Cavalo, lembre-se de que ele é seu parceiro de trabalho e deve ser respeitado assim, e não um escravo a fazer até mesmo coisas sem sentido, só porque você mandou”. José Luiz Jorge (RSM)

“ Se você quer ensinar algo ao seu Cavalo e ter um relacionamento com ele, você não FAZ ele aprender, você PERMITE que ele aprenda, você é o responsável para criar situações onde ele possa aprender”. Ray Hunt

“ Se você controla seus pés, você controla a mente do seu cavalo”. Ray Hunt

“ Observe, relembre, compare”. Ray Hunt

“ Existe diferença entre ser firme e ser áspero ou rude. Você pode ser firme, mas não seja áspero”. Ray Hunt

“ A pior coisa, dentre vários comportamentos inadequados ao cavaleiro, é agredir o Cavalo. Isso só confirmará seus medos e a certeza de que aquele treinador não merece a confiança dele, o resultado é que essa pessoa não irá liderá-lo. A resposta por medo e submissão não é duradoura e nem se sustenta diante de outras pessoas que não o aterrorizarão, como o mau treinador fazia”. José Luiz Jorge (RSM)

“ Admire seu Cavalo pelas coisas boas que ele faz. Ignore as erradas. Você logo vai perceber que as boas ficam cada vez melhor e as ruins, cada vez menores” Ray Hunt

hunt_a“Monte a Cavalo com o corpo todo e a mente integrada, e não apenas com mãos e pernas” Ray Hunt

“Experimente dar a direção ao Cavalo, tanto no trabalho de chão, como no trabalho montado, com o foco do seu olhar. Para onde você olhar, você dará a direção, ele capta essa integração mente-corpo com muita sutileza e suas pernas apenas ajudarão suavemente a confirmar a sua escolha”. José Luiz Jorge (RSM)

“ O Cavaleiro deve estar sempre vivo e alerta, sem estar tenso e endurecido”. Ray Hunt

“ Diga sempre ao seu Cavalo: Você vai conseguir fazer isso, prepare-o antes de solicitar, isso é muito melhor do que dizer – você tem que fazer”. Ray Hunt

“ Perceba a menor mudança, a menor tentativa do seu cavalo na direção do que você está solicitando e reforce-o positivamente”. Ray Hunt

“ São as pequenas coisas, os detalhes que fazem a diferença. Quando ocorrer qualquer coisa fora do esperado, volte mentalmente a fita e lembre-se do que aconteceu imediatamente antes daquele acontecimento indesejado”. Ray Hunt

“ Algumas vezes, quando termino um trabalho e o Cavalo está mais quente e suado do que o normal, gosto de ficar com ele, ajudando-o a compreender que tudo aquilo é um assunto que vamos ter de conviver, e gosto de deixar ele explorar um pouco mais o que ocorreu”. Tom Dorrance

“Existem muitas coisas que, acidentalmente, podem acontecer ao seu cavalo, mas, se ele for dócil e confiar em você como amigo, ele vai permitir que você o ajude a sair daquela encrenca, em vez de perceber você como a causa daquela encrenca”. Buck Brannaman

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Horsemanship e Empoderamento Feminino

Aprendendo com o Cavalo para Mulheres, nosso novo curso em 25 de Junhocurso de horsemanship para mulheres 21_05

Venha conferir como o cavalo pode ajuda-la no autoconhecimento e construção de novos objetivos pessoais e profissionais

“A égua alfa é que conduz o rebanho. Ela decide ir onde a pastar, quando dormir, onde está a melhor água, etc. Ela escolhe o terreno onde a manada pasta de modo que possa ver antes a aproximação de predadores, e lidera com sabedoria e sem violencia todo o rebanho. Ela não impõe-se como um líder, ela emana do grupo por sua sabedoria, agilidade, firmeza, experiência e sua compassividade. ” Ela lidera pelo exemplo.

Neste workshop, um grupo de mulheres irá reunir-se para descobrir e/ou valorizar seus pontos fortes, conectando se com a energia de uma manada de éguas que vivem a campo, com outras mulheres e a Natureza. Vamos identificar e elaborar sobre limites, bloqueios, inseguranças;

Colorado no curso de equilibrio
Aprenderemos a agir com integridade e desenvolver e respeitar nossa intuição e através de atividades com cavalos.
Guiado por José Luiz Jorge, Horseman

curso FMU 3aT (2)

Qual a proposta do curso

-Fundamentos do Horsemanship (Natureza, linguagem, emoções)
-O que faz sentido na vida dos cavalos e como eles nos ensinam muito sobre a vida e as relações
-Começar a definir os limites
-Gerenciar as emoções afirmativas e negativas sabiamente
-Aprender a comunicar-se com clareza
-Linguagem e Comunicação não verbal
-Liderança pessoal
-Desenvolver a coerência entre a mente e o coração (auto respeito)
-Construir a confiança em si mesmos e nos outros

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Não é necessário experiência anterior em cavalos.
Com apostila e certificado
Dia 25 de Junho. Faça sua Inscrição pelo site www.ranchosaomiguel.com
R$ 450,00 pode ser parcelado no CC ou cheque
Grupo de no máximo 10  mulheres