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O Dr. Ciro Pinheiro Mathias Franco é um médico veterinário especializado no cuidado com os dentes dos Equinos. Gentilmente ele disponibilizou um artigo que orienta criadores e proprietários de cavalos acerca dos cuidados regulares e periódicos que todos devemos ter com a dentição deles.
Como você poderá ver as razões para adotar com seriedade esses procedimentos são muitos e algumas essenciais. Desde a eliminação do chamado dente de lobo que afeta o trabalho e a condução do cavalo pela dor que ele causa quando em contato com a embocadura, a retirada das chamadas pontas de dentes, principalmente em cavalos em regime de confinamento em baias, até a melhoria do bem estar do cavalo com relação direta com a eficiência de seu sistema digestivo e apropriação das vitaminas e proteínas.
Você poderá ver esse e outros artigos no site do Dr Ciro, o http://www.dentistadecavalo.com.br e vale a pena consultar essa fonte para melhorar o manejo de seus animais.
“O cavalo é um herbívoro nômade, tem seus dentes preparados para o pastoreio.
Na natureza alimentava-se dos diversos tipos de forragens existentes em seu ambiente, assim causando um desgaste lento e mais homogêneo.
O homem alterou as dietas e padrões alimentares dos cavalos com a domesticação e confinamento, desta forma tornou os Equinos mais suscetíveis aos problemas que se referem aos dentes e a mordedura.
São necessários exames periódicos que se iniciam logo após o nascimento, a fim de identificar uma possível alteração congênita. (Em muitas raças, cavalos com prognatismo – diferenças entre os maxilares superior e inferior – impedem o registro do produto no stud book das Associações de Criadores).
Esse exame deve ser contínuo.
Logo após o nascimento o animal deve ser examinado , pois pode apresentar problemas, no palato (céu da boca), projeções e deformidades de maxila (onde se insere o grupo dos dentes superiores) e mandíbula (onde se insere o grupo dos dentes inferiores) .
Até aos 5 anos são indicados exames semestrais pois não é raro encontrar casos de dentes decíduos persistentes ( capas de dentes de leite que deveriam cair) fragmentos que devem ser extraídos, caso esse problema não seja corrigido pode causar má oclusão (contato inadequado entre dentes inferiores e superiores) pela erupção desordenada dos dentes.
Em animais com idade superiores a 5 anos são comuns encontrarmos pontas e deformações nas arcadas proporcionando má oclusão dos dentes molares (grupo de dentes posteriores ) e incisivos (grupo de dentes anteriores).
Na fase de doma e treinamento é essencial o exame dos dentes pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do cavalo mais fácil e menos estressante. Melhorando, por conseqüência, o resultado final.
É muito comum encontrar o “dente de lobo” Este dente é vestigial (herança pré histórica em extinção) é considerado o 1º pré-molar, não tem função na mastigação, mas pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável. A extração desse dente é parte da rotina do tratamento dentário. “ não confunda o dentes lobos com os caninos presente nos machos e em algumas fêmeas.
“ Desta forma podemos apontar a grande Importância do exame dos dentes do eqüino neonato ate o sênior”
Todos os cavalos devem ter seus dentes examinados no mínimo uma vez por ano, mesmo sem apresentar sintomas de problemas .
Quando o cavalo precisa de exame dos dentes?
Nos casos de:
• Perda de peso.
• Dificuldade de engordar.
• Incomodo com a embocadura,
• puxão nas rédeas
• abaixa e levanta a cabeça com freqüência durante a montaria .
• balança a cabeça de um lado para o outro
• relutância com agressividade
• Derrame de ração fora do cocho
• Lentidão na mastigação e deglutição.
• Deposição do alimento dentro da boca
• Dificuldade da apreensão do alimento
• Cólicas recorrentes
• Fibras de capim longas e grãos não quebrados nas fezes
• Descarga nasal
• Aumento de volume na cara
• Fistulas facial.
• Problemas considerados de temperamento ou doma
Cavalos que tem acompanhamento dos seus dentes periodicamente possuem melhor mastigação e digestão, apresentam uma considerável melhora no aproveitamento dos alimentos diminuindo o risco de cólica.
Percebe-se maior conforto nas rédeas, regularidades de andamento e manobras.
A odontologia favorece melhoras notáveis nos animais, nos aspectos nutricionais e comportamentais , promovendo uma boa saúde e melhor desempenho dentro de suas atividades eqüestres.
Sem contar o aumento da longevidade e vida útil.
Os exames e as correções dos dentes só devem ser feitos por um Médico Veterinário especializado, pois ele saberá quais técnicas e equipamentos a serem utilizados, tipos de sedação e anestesia referente a cada caso em particular . Intervenções inadequadas poderão causar traumas e danos irreparáveis aos dentes, articulações e de todo conjunto relacionado a mastigação.

Como verificar a idade do Cavalo pela dentição

Recentemente recebemos entre as centenas de consultas mensais sobre manejo, comportamento, iniciação e escolarização e treinamento, que chegam ao nosso site e que prazerosamente respondo diariamente, algumas questões sobre como avaliar idade do Cavalo, pelo exame dos dentes.
O atrito entre as arcadas superior e inferior provoca desgaste na mesa dentária (superfície do dente que entra em contato com a arcada oposta) e com o passar do tempo expõe as estruturas internas do dente. Estas modificações acontecem em idades bem definidas e provocam elterações na forma e desenho das estruturas que ficam expostas na mesa dentária. Essas alterações podem atrasar, dependendo do manejo nutricional (tipo de alimento oferecido) que os animais são submetidos durante sua vida, pois quanto menor a partícula do alimento, menos o animal mastiga e com isso ocorre menor desgaste dos dentes (DALE, 1996).
O cavalo nasce sem dentes, o que chamamos de uma adaptação da natureza, pois no dia em que a égua dá cria, o úbere e as tetas estão inchados e doloridos, dessa forma jamais a égua suportaria a pressão dos dentes (BAKER, 2005).
De acordo com o autor SCRUTCHFIELD (1993) os eqüinos apresentam 7 períodos de dentição e eles ocorrem da seguinte forma:

No 1º período ocorre a erupção dos dentes caducos, no qual os incisivos apresentam uma forma elíptica. As pinças nascem até o fim da primeira semana de vida do animal, os médios nascem até o fim do primeiro mês e os cantos nascem até o sexto mês de vida, no qual alcança o nível dos demais dentes até o décimo mês de vida.

Figura 1 – Erupção dos dentes incisivos (pinças e médios).
Fonte: De Cicco

No 2º período ocorre o rasamento dos dentes caducos devido ao desaparecimento da cavidade dentária externa pelo desgaste e compressão, e os dentes incisios apresentam uma forma ovalada. Nas pinças ocorre o rasamento com 1 ano de vida, nos médios o rasamento ocorre com 1 ano e meio e nos cantos o rasamento ocorre com 2 anos.

Figura 2 – Presença dos dentes incisivos (pinças, médios e cantos).
Fonte: De Cicco

No 3º período ocorrem as mudas e as mesas dentárias são encontradas na forma elíptica. As pinças são trocadas entre os 2 e 3 anos de vida do animal, os médios são trocados entre os 3 e 4 anos e os cantos são trocados entre os 4 e 5 anos de vida. Nesse período também ocorre o nascimento dos dentes caninos (5 anos ).

Figura 3 – Presença dos dentes incisivos definitivos e erupção dos caninos.
Fonte: De Cicco

No 4º período ocorre o rasamento dos definitivos, onde observa o rasamento dos dentes definitivos e a mesa dentária está ovalada. As pinças ficam rasas aos 6 anos de vida do animal, os médios ficam rasos aos 7 anos e apresentam a cauda de andorinha e os cantos ficam rasos aos 8 anos.

Figura 4 – Demonstração do rasamento dos dentes incisivos (pinça e médios).
Fonte: De Cicco

No 5º período ocorre o arredondamento, onde observa o nivelamento dos definitivos e a mesa dentária arredondada. As pinças são arredondadas aos 9 anos do animal, os médios são arredomdados aos 10 anos e os cantos são arredondados entre os 11 e 12 anos.

Figura 5 – Demonstração de arredondamento dos dentes incisivos (pinças, médios e cantos).
Fonte: De Cicco

No 6º período ocorre a triangularidade, ou seja, a mesa dentária está em forma de triângulo eqüilátero. As pinças ficam triangulares aos 13 anos de vida do animal, os médios ficam triangulares aos 14 anos e os cantos ficam triangulares aos 15 e 16 anos.

Figura 6 – Demonstração da triangularidade dos incisivos (pinças, médios e cantos) e da mesa dentária.
Fonte: De Cicco

No 7º período ocorre a biangularidade, ou seja, a mesa dentária esta em forma de triângulo isósceles. As pinças são biânguladas aos 17 anos de vida do animal, os médios são biângulados aos 18 anos e os canto são biângulados aos 19 anos. É importante observar também, que com o avanço da idade as arcadas vão se projetando para frente e fica cada vez mais difícil calcular a idade do animal.

Figura 7– Demonstração do nivelamento de todos os caninos que estão biangulados.
Fonte: De Cicci

Dr. Ciro Pinheiro Mathias Franco
Medico Veterinário – atuante em odontologia eqüina.
Cel. (11) 9814-6666
E-mail ciromedvet@ig.com.br

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