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“Horsemanship” é um conceito, uma filosofia, uma atitude para o dia-a-dia – com os cavalos, ou entre nós

Nunca como nos dias de hoje, os conceitos e atitudes decorrentes de um bom “horsemanship” ( expressão que pode ser traduzida como sendo a construção permanente de um “relacionamento entre humanos e Cavalos”, do ponto de vista do Cavalo), revelam-se extremamente uteis para as pessoas, que sendo do bem, desejam de verdade se tornarem melhores líderes de si mesmos, dos seus cavalos, das suas equipes, e até dentro da família.
Essa afirmação traz material para um dia de debate em um seminário, curso, palestra, etc. Leia de novo, com calma, pensando no que está escrito.
Mas aqui vou me ater a um único e não necessariamente mais importante, aspecto do tema. Primeiro; por que estou dizendo que nunca como nos dias de hoje isso foi tão útil?
Porque vivemos a cada dia mais uma época de quebra de valores, de perda e negação de uma série de atitudes em todos os ambientes, é uma espécie de vale tudo, de salve-se quem puder, de egoísmo elevado à condição de norma de vida, uma sucessão de fatos sempre piores que os anteriores, seja no cotidiano das cidades, seja desde o mau exemplo vindo de parlamentares, prefeitos, administradores, de profissionais de saúde que recebem se comparecer ao serviço, (azar de quem depende deles), até as frequentes ondas de noticias sobre a violência – muitas vezes maiores do que os fatos em si, mas com agravantes de a cada onda destas a barbárie é maior. Como nos inundam com noticias desagradáveis acerca da condição humana.
Basicamente, isso vem por conta de imaturidade, da incapacidade de lidar com expectativas/desejos x frustrações ou limites sociais.
Isso é estimulado pela febre multimídia, pelas ferramentas de edição de imagem e som, amplificados para milhões de pessoas, de todos os pontos do planeta, a cada segundo. Havia um clássico da literatura chamado “ a fogueira das vaidades” e ele está mais vivo do que nunca. Muita coisa desnecessária, inútil, que pode ser dispensada. As redes sociais também têm sido mal usadas. Se de um lado, amplificam o que há de bom, de edificante, de novo, de outro e em maior escala difundem também o que não tem utilidade e não serve para melhorar a vida de ninguém.
O “império de narciso” dos egos inflados, que leva as pessoas a fazer qualquer coisa pela exposição da imagem e da notoriedade, instantânea, chega também ao mundo do Cavalo. Assim vemos pessoas que nunca iniciaram um cavalo, que recém descobriram ensinamentos que há décadas são praticados, por puro exibicionismo, aparecerem como “descobridores” do ovo de colombo, fazem um livro por conta própria e alavancam com recursos financeiros uma exposição de mídia para aparecerem como “referencia” em um mundo, o do cavalo, cujo critério da verdade é o tempo. Bastaria perguntar a esses neo-genios do “horsemanship”, como escolarizar um potro? Como corrigir um comportamento não desejado? Como lidar no redondel com um cavalo defensivo que vem pra cima para morder e manotar? Isso no dia-a-dia da lida de um rancho, haras, fazenda, centro hípico é tarefa para todo treinador, mas as vedetes recém-iniciadas não atuam.
Outra observação é a respeito de aprendizes de mestres internacionais que aparecem no Brasil, “como se fossem o último biscoito do pacote”, ditando regras que recém aprenderam, priorizam shows e demonstrações, mas para isso, escolhem um dia antes quais animais tem “perfil” para a demonstração das técnicas, sem correr os riscos da realidade diária. Que confundem animais cooperadores, que abaixam a cabeça quando se aproximam da gente para facilitar a colocação do cabresto, por exemplo, com animais que “ invadem o espaço pessoal”, que se apoiam em ferramentas e ajudas especiais para obter respostas, que sem essas ferramentas de indução, teriam de ser espontâneas por parte do cavalo e assim por diante.
Isso tudo me fez optar por escrever esse artigo, simples, direto, mas que busca restabelecer alguns pontos criteriosos e importantes: o horsemanship não pode ser reduzido a técnicas de “show horse”, a técnicas a serem expostas em demonstrações com animais pré-selecionados. O horsemanship, estabelecido em boas bases, é um conceito do dia-a-dia, na lida diária, no conceito de hospedagem em baias, no manejo preventivo, na criação de condições de conforto emocional e físico, no ensinamento e treinamento diário do Cavalo, sem violência, na contenção amigável, sem dor, para intervenções simples do cuidado medico, entre outras aplicações.
a) Devemos nos relacionar com o Cavalo de igual para igual, a partir do respeito a seu ponto de vista, de animal predado que tem direito de utilizar seu instinto de auto-preservação, e mostrar a eles que não atuaremos como predador, não o colocaremos em situações que ameaçam sua integridade, que pretendemos liderá-los pelo respeito, pelo exemplo, pelo merecimento, a partir do ponto de vista deles. Uma liderança calma, assertiva, que treina comunicar as coisas com clareza e sem dupla mensagem. Isso o cavalo ao mesmo tempo pede e ensina.
b) Devemos trazer para as relações entre as pessoas a mesma atitude. Abertura para aprender todos os dias, não tentar ser dono da verdade, não subestimar a inteligência dos outros, não recitar regras feitas e querer que o mundo real se ajuste a elas. Ser humilde nas vitórias e digno nas dificuldades.
c) Não aceitar qualquer oferta ou qualquer coisa em troca de promessa de notoriedade rápida, de exposição à mídia, de encontrar atalhos que levem à fama em vez de trilhar o caminho diário do trabalho, da superação de situações novas a cada dia, de revisar a sensibilidade de ler o cavalo, de entrar com ele no redondel tendo um plano para ambos, de fazer o caminho conforme avançam juntos.
d) Desconfie de “magos” do horsemanship, que recém saíram de cursos certificados, não convivem, não criam, não competem, não treinam cavalos vencedores, e não trabalham todos os dias com cavalo ao longo do tempo, mas querem dizer a você o que tem de ser feito, e quando vão demonstrar isso, escolhem antes qual animal tem sensibilidade para responder a um minimo de pressão, e confirmar sua “ credencial” de professor. Professores, somos todos nós, desde o tratador que se habituou a ler os sinais de saúde na baia todos os dias, o ferreiro que lê as informações gravadas na ferradura velha, sobre distribuição de peso e desgaste das mesmas para melhorar o aprumo do cavalo, o treinador que entende e lê o cavalo antes de cada treino e sabe quanto pode pedir a mais ou não,o veterinário que pesquisa novas alternativas de tratamento, que indica atitudes preventivas para preservar a saúde do cavalo, o “horseman” que chega no cavalo e o acalma para que ele esteja mentalmente aberto a aprender o que queremos lhes propor e assim por diante. NÃO EXISTEM ATALHOS, E A BUSCA DE FAMA E RECONHECIMENTO À CUSTA DO CAVALO, mesmo dizendo que os ama, costuma levar a tombos doloridos.
e) Horsemanship, bom, não serve para animar egos vaidosos, antes demanda pessoas centradas, que não fazem o que escolheram fazer para obter títulos e certificados, mas que como consequência de sua vida com o cavalo, todos os dias, aprenderam a ler o cavalo e são capazes de fazer a diferença na vida deles. É muito melhor do que as palmas de uma platéia de iniciantes, você ouvir de um criador que confiou um de seus cavalos a voce dizer:- “que bom, o cavalo superou aquela atitude, ele voltou para casa diferente do que foi.”

f) Portanto, numa sociedade imediatista, do sucesso a qualquer preço, onde faltam referencias, vale muito, ler um livro, que é uma “bíblia do horsemanship”, do grande mestre norte americano Tom Dorrance, “O verdadeiro horsemanship através da observação dos sinais”, em inglês, “The true Horsemanship, trough feel”.
g) Cada cavalo, cada dia, cada situação, cada projeto, merece uma dedicação séria do capítulo “aprenda a ler seu cavalo”, sem egocentrismo, sem mandonismo, sem pressa, sem vaidade. Apenas leia, observe, anote, dedique horas lendo seu cavalo, na baia, no redondel, na pista, no treino, anote, estude, dedique-se e o resultado sustentável aparecerá nas pequenas situações diárias, pelo bem do cavalo, sem show, sem plateias, apenas faça o que deve ser feito.

A seguir quero compartilhar uma lista de dicas de posicionamento que tem sido uteis no nosso trabalho aqui.

Os cavalos são naturalmente criaturas com medo de movimentos bruscos e objetos erguidos sobre suas cabeças. Quando os cavalos foram abusados ou negligenciados, eles têm motivos para não gostar de pessoas e muitas vezes são ainda mais defensivos. Uma terrível característica é “uma cabeça tímida” que evita contato franco, que sobe o pescoço por qualquer coisa – isso acontece especialmente se o cavalo foi atingido no rosto ou teve suas orelhas torcidas ou puxadas. Um cavalo tímido terá um gesto assustado ou afastará para trás quando você tentar intervir sobre sua cabeça, passar um cabresto, colocar a cabeçada. É preciso algum esforço e paciência para ajudá-los a superar isso. Lembre-se sempre ser confiante e calmo em torno de um cavalo.

1. A Abordagem do cavalo deve ser devagar e com calma, primeiro desmontado, das patas para a cabeça, ao seu lado e não de frente . Não olhe o cavalo diretamente no olho primeiro; eles vêem isso como uma ameaça porque o predador olha nos olhos antes de se atirar sobre ele. Nunca deixe um senso escapar pela pele, de que você está nervoso, mesmo se você está. Irradie uma atitude calma, sem medo. Se você não pode fazer isso hoje ainda, você precisa aprender como fazer – é uma obrigação se você planeja trabalhar com cavalos.

2. Permitir que o cavalo possa te sentir como um líder seguro que o acalma mesmo se ele estiver com medo e parecer nervoso. Tente dissipar a adrenalina, assobie calmo, cantarole uma musica boa, com voz macia, algo suave, até que ele pareça ter relaxado.

3. Alce sua mão lentamente até tocar entre seus olhos e desça ao seu nariz . Tente não parecer ameaçador. Se o cavalo desenha sua cabeça longe, soltar a mão e dê um passo para trás alguns centímetros. Aguarde alguns segundos antes de tentar novamente. Os cavalos são tão curiosos que a maioria deles terá um passo em direção a você neste momento. O que é um bom sinal.

4. Esfregue suavemente o seu nariz até que ele entenda que você não vai machucá-lo . Muitos cavalos gostam de explorar ou mordiscar com seus lábios. Se você está com medo de que ele pode beliscar você, retire sua mão suavemente e sem alarme antes de qualquer coisa acontecer. Se você surpreendê-lo, com gestos bruscos ou ameaçadores, você terá que voltar à estaca zero. (leia o artigo sobre cavalos que mordem e veja como agir nesses casos).

5. Mova lentamente a mão até a ponta do nariz do cavalo e suba até a sua testa . Esfregue a testa suavemente em círculos e converse tranquilamente com o cavalo, com voz calma, baixa e grave. Você pode tentar olhar em seus olhos agora. Fazê-lo com seus próprios olhos semi-cerrados em uma expressão sonolenta; não olhe. Se os olhos do cavalo são também semi-cerrados este é um bom sinal, ou seja, ele não tem medo.

6. Acidente vascular cerebral zero em suas costas e pescoço- antes de esfregar seu rosto mais uma vez . Os melhores lugares para fazer isso são onde cavalos tocam uns aos outros: no pescoço superior direita atrás das orelhas e na cernelha (os ossos grandes na base superior do pescoço).

7 Olhá-lo suavemente no olho de vez em quando e deixe-o olhar de volta para você . Se nada alto ou assustador acontece ao seu redor, absolutamente ignore-o! Isto irá mostrar-lhe que você não tem medo. O medo é o primeiro ponto que deve ser enfrentado por quem trata os cavalos e a primeira coisa a ser trabalhada pelos que preferem ter alguém para lidar com isso para eles. Mostrando-lhe, você é corajoso, o cavalo vai começar a considerá-lo o cavalo”alfa” e ele vai se sentir mais seguro em torno de você.

Assim, antes de começar, lembre-se que cavalos tem medo do seu medo. Eles são como amplificadores das emoções e do estado de espírito das pessoas. Eles apreendem no alívio da pressão, portanto não o submeta sem folga a pressão constante porque ele não saberá que resposta lhe dar para fazer você aliviar a pressão. Se você pressionar,no exato instante em que ele começar a responder na direção ou sentido que vc demandou, alivie, assim você estará confirmando a ele que a resposta esperada é aquela.
Boas cavalgadas

Os dentes do Cavalo precisam de cuidados especializados

O Dr. Ciro Pinheiro Mathias Franco é um médico veterinário especializado no cuidado com os dentes dos Equinos. Gentilmente ele disponibilizou um artigo que orienta criadores e proprietários de cavalos acerca dos cuidados regulares e periódicos que todos devemos ter com a dentição deles.
Como você poderá ver as razões para adotar com seriedade esses procedimentos são muitos e algumas essenciais. Desde a eliminação do chamado dente de lobo que afeta o trabalho e a condução do cavalo pela dor que ele causa quando em contato com a embocadura, a retirada das chamadas pontas de dentes, principalmente em cavalos em regime de confinamento em baias, até a melhoria do bem estar do cavalo com relação direta com a eficiência de seu sistema digestivo e apropriação das vitaminas e proteínas.
Você poderá ver esse e outros artigos no site do Dr Ciro, o http://www.dentistadecavalo.com.br e vale a pena consultar essa fonte para melhorar o manejo de seus animais.
“O cavalo é um herbívoro nômade, tem seus dentes preparados para o pastoreio.
Na natureza alimentava-se dos diversos tipos de forragens existentes em seu ambiente, assim causando um desgaste lento e mais homogêneo.
O homem alterou as dietas e padrões alimentares dos cavalos com a domesticação e confinamento, desta forma tornou os Equinos mais suscetíveis aos problemas que se referem aos dentes e a mordedura.
São necessários exames periódicos que se iniciam logo após o nascimento, a fim de identificar uma possível alteração congênita. (Em muitas raças, cavalos com prognatismo – diferenças entre os maxilares superior e inferior – impedem o registro do produto no stud book das Associações de Criadores).
Esse exame deve ser contínuo.
Logo após o nascimento o animal deve ser examinado , pois pode apresentar problemas, no palato (céu da boca), projeções e deformidades de maxila (onde se insere o grupo dos dentes superiores) e mandíbula (onde se insere o grupo dos dentes inferiores) .
Até aos 5 anos são indicados exames semestrais pois não é raro encontrar casos de dentes decíduos persistentes ( capas de dentes de leite que deveriam cair) fragmentos que devem ser extraídos, caso esse problema não seja corrigido pode causar má oclusão (contato inadequado entre dentes inferiores e superiores) pela erupção desordenada dos dentes.
Em animais com idade superiores a 5 anos são comuns encontrarmos pontas e deformações nas arcadas proporcionando má oclusão dos dentes molares (grupo de dentes posteriores ) e incisivos (grupo de dentes anteriores).
Na fase de doma e treinamento é essencial o exame dos dentes pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do cavalo mais fácil e menos estressante. Melhorando, por conseqüência, o resultado final.
É muito comum encontrar o “dente de lobo” Este dente é vestigial (herança pré histórica em extinção) é considerado o 1º pré-molar, não tem função na mastigação, mas pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável. A extração desse dente é parte da rotina do tratamento dentário. “ não confunda o dentes lobos com os caninos presente nos machos e em algumas fêmeas.
“ Desta forma podemos apontar a grande Importância do exame dos dentes do eqüino neonato ate o sênior”
Todos os cavalos devem ter seus dentes examinados no mínimo uma vez por ano, mesmo sem apresentar sintomas de problemas .
Quando o cavalo precisa de exame dos dentes?
Nos casos de:
• Perda de peso.
• Dificuldade de engordar.
• Incomodo com a embocadura,
• puxão nas rédeas
• abaixa e levanta a cabeça com freqüência durante a montaria .
• balança a cabeça de um lado para o outro
• relutância com agressividade
• Derrame de ração fora do cocho
• Lentidão na mastigação e deglutição.
• Deposição do alimento dentro da boca
• Dificuldade da apreensão do alimento
• Cólicas recorrentes
• Fibras de capim longas e grãos não quebrados nas fezes
• Descarga nasal
• Aumento de volume na cara
• Fistulas facial.
• Problemas considerados de temperamento ou doma
Cavalos que tem acompanhamento dos seus dentes periodicamente possuem melhor mastigação e digestão, apresentam uma considerável melhora no aproveitamento dos alimentos diminuindo o risco de cólica.
Percebe-se maior conforto nas rédeas, regularidades de andamento e manobras.
A odontologia favorece melhoras notáveis nos animais, nos aspectos nutricionais e comportamentais , promovendo uma boa saúde e melhor desempenho dentro de suas atividades eqüestres.
Sem contar o aumento da longevidade e vida útil.
Os exames e as correções dos dentes só devem ser feitos por um Médico Veterinário especializado, pois ele saberá quais técnicas e equipamentos a serem utilizados, tipos de sedação e anestesia referente a cada caso em particular . Intervenções inadequadas poderão causar traumas e danos irreparáveis aos dentes, articulações e de todo conjunto relacionado a mastigação.

Como verificar a idade do Cavalo pela dentição

Recentemente recebemos entre as centenas de consultas mensais sobre manejo, comportamento, iniciação e escolarização e treinamento, que chegam ao nosso site e que prazerosamente respondo diariamente, algumas questões sobre como avaliar idade do Cavalo, pelo exame dos dentes.
O atrito entre as arcadas superior e inferior provoca desgaste na mesa dentária (superfície do dente que entra em contato com a arcada oposta) e com o passar do tempo expõe as estruturas internas do dente. Estas modificações acontecem em idades bem definidas e provocam elterações na forma e desenho das estruturas que ficam expostas na mesa dentária. Essas alterações podem atrasar, dependendo do manejo nutricional (tipo de alimento oferecido) que os animais são submetidos durante sua vida, pois quanto menor a partícula do alimento, menos o animal mastiga e com isso ocorre menor desgaste dos dentes (DALE, 1996).
O cavalo nasce sem dentes, o que chamamos de uma adaptação da natureza, pois no dia em que a égua dá cria, o úbere e as tetas estão inchados e doloridos, dessa forma jamais a égua suportaria a pressão dos dentes (BAKER, 2005).
De acordo com o autor SCRUTCHFIELD (1993) os eqüinos apresentam 7 períodos de dentição e eles ocorrem da seguinte forma:

No 1º período ocorre a erupção dos dentes caducos, no qual os incisivos apresentam uma forma elíptica. As pinças nascem até o fim da primeira semana de vida do animal, os médios nascem até o fim do primeiro mês e os cantos nascem até o sexto mês de vida, no qual alcança o nível dos demais dentes até o décimo mês de vida.

Figura 1 – Erupção dos dentes incisivos (pinças e médios).
Fonte: De Cicco

No 2º período ocorre o rasamento dos dentes caducos devido ao desaparecimento da cavidade dentária externa pelo desgaste e compressão, e os dentes incisios apresentam uma forma ovalada. Nas pinças ocorre o rasamento com 1 ano de vida, nos médios o rasamento ocorre com 1 ano e meio e nos cantos o rasamento ocorre com 2 anos.

Figura 2 – Presença dos dentes incisivos (pinças, médios e cantos).
Fonte: De Cicco

No 3º período ocorrem as mudas e as mesas dentárias são encontradas na forma elíptica. As pinças são trocadas entre os 2 e 3 anos de vida do animal, os médios são trocados entre os 3 e 4 anos e os cantos são trocados entre os 4 e 5 anos de vida. Nesse período também ocorre o nascimento dos dentes caninos (5 anos ).

Figura 3 – Presença dos dentes incisivos definitivos e erupção dos caninos.
Fonte: De Cicco

No 4º período ocorre o rasamento dos definitivos, onde observa o rasamento dos dentes definitivos e a mesa dentária está ovalada. As pinças ficam rasas aos 6 anos de vida do animal, os médios ficam rasos aos 7 anos e apresentam a cauda de andorinha e os cantos ficam rasos aos 8 anos.

Figura 4 – Demonstração do rasamento dos dentes incisivos (pinça e médios).
Fonte: De Cicco

No 5º período ocorre o arredondamento, onde observa o nivelamento dos definitivos e a mesa dentária arredondada. As pinças são arredondadas aos 9 anos do animal, os médios são arredomdados aos 10 anos e os cantos são arredondados entre os 11 e 12 anos.

Figura 5 – Demonstração de arredondamento dos dentes incisivos (pinças, médios e cantos).
Fonte: De Cicco

No 6º período ocorre a triangularidade, ou seja, a mesa dentária está em forma de triângulo eqüilátero. As pinças ficam triangulares aos 13 anos de vida do animal, os médios ficam triangulares aos 14 anos e os cantos ficam triangulares aos 15 e 16 anos.

Figura 6 – Demonstração da triangularidade dos incisivos (pinças, médios e cantos) e da mesa dentária.
Fonte: De Cicco

No 7º período ocorre a biangularidade, ou seja, a mesa dentária esta em forma de triângulo isósceles. As pinças são biânguladas aos 17 anos de vida do animal, os médios são biângulados aos 18 anos e os canto são biângulados aos 19 anos. É importante observar também, que com o avanço da idade as arcadas vão se projetando para frente e fica cada vez mais difícil calcular a idade do animal.

Figura 7– Demonstração do nivelamento de todos os caninos que estão biangulados.
Fonte: De Cicci

Dr. Ciro Pinheiro Mathias Franco
Medico Veterinário – atuante em odontologia eqüina.
Cel. (11) 9814-6666
E-mail ciromedvet@ig.com.br

Lidere melhor o seu Cavalo para obter melhores respostas

De novo a velha questão sobre qual a melhor embocadura, que é tema constante em cartas, e-mails e cursos em varias partes do país. Aqui também. Esta semana foram duas as mensagens com questões sobre: “Qual embocadura resolverá o problema do controle?
“As respostas do cavalo não estão sendo as que eu espero. Minha filha tem doze anos e não é muito alta. Tem um cavalo novo. Nós o compramos porque os proprietários não estavam com recursos para alimentar mais cavalos.
Era magro, mas agora isso é passado, ele mudou está forte, musculoso e está muito mais ativo e a Anna está com receio de montá-lo. A senhora que o vendeu deu-nos a sela e um bridão bem leve. O bridão tem uma tração articulada e não dá bastante controle agora que este cavalo está em melhor forma.
Ele fica rebelde, ameaça pular e nega o lado direito. Não estamos com recursos para manda-lo a um instrutor como vocês no Rancho que reabilitam comportamentos para refazer sua mente. Ela quer sair com suas amigas a cavalo para mais longe de casa mas ficamos receosos sobre como ele vai se comportar e achamos que não é seguro.
Cheguei a pensar em cortar a comida dele para voltar a emagrecer, mas isso parece coisa de louco. Nos diga como resolver isso em breve porque as férias estão chegando”. Essa foi a carta que recebi dos pais de Anna.
Outro caso é de um cavalo marchador, muito, muito dócil que nós iniciamos há uns três anos e agora vendo no youtube.com um vídeo sobre como ele está, duas coisas me chamaram muito a atenção, uma é que o equitador trabalhava as rédeas baixas na altura dos joelhos, abertas e como se ele fosse um QM, outra mantinha a boca sob forte pressão o tempo todo e eu senti a dor do cavalo querendo escapar daquele desconforto como se fosse em mim, além é claro que ele usava um pelian com perna longa – e forte ação na boca – o tempo todo, claro que o cavalo dava galões e desobedecia mesmo, querendo escapar de baixo do “predador”, e exercer seu direito à auto-preservação.
Por fim o terceiro foi o e-mail de um jovem que fazendo mais ou menos a mesma coisa, queria, por conselho de curiosos, aplicar um freio agua choca fino, uma das embocaduras com ação mais forte e não recomendada para cavaleiros inexperientes, em um cavalo de quatro anos.
É até triste pensar com que frequência acontece esse mesmo tipo de situação, ruim para o cavalo e ruim para as pessoas que não podem usufruir com tranquilidade do seu parceiro de passeios e esportes, muito por causa de uma certa falta sensibilidade e responsabilidade de “domadores” e curiosos que se põem como equitadores em hospedagens de cavalos. Mas, claro que nesses lugares também tem gente muito boa e não estou de modo nenhum generalizando a crítica.
A segunda coisa que acho importante é que os cavaleiros em geral precisam se aperfeiçoar, conhecer mais equitação e melhorar dois pontos centrais no trabalho montado: a qualidade do seu assento (da sua sentada no cavalo), e o equilíbrio. Um excelente exercício para isso é montar a pelo, dentro de um piquete cercado, de preferencia um redondel, e isso pode começar a ser feito em um cavalo de confiança, dócil, um cavalo professor. E exercitar muito equilíbrio realizando transições de andamento, trote/marcha, galope reunido, alto, recuo. Isso vai aumentar a sua percepção de si mesmo, você vai sentir melhor o uso de músculos, vai treinar uma melhor postura e aprender a usar com clareza para o cavalo as ajudas de pernas e ação das rédeas. Depois passa-se a fazer isso como o cavalo que em tese está oferecendo problemas.
Aqui outro parênteses: NÃO EXISTE CAVALO PROBLEMA, EXISTEM APENAS CAVALEIRO/AMAZONA – PROBLEMA.
Ocorre que muitas pessoas querem compensar a sua dificuldade em equitar bem, em saber sentar, cavalgar com equilíbrio e foco no horizonte e querem compensar essas faltas, com apoio mais forte na boca, com embocaduras cada vez mais agressivas.
Portanto, a todos que me mandaram perguntas, a primeira coisa que quero dizer é que temos de melhorar a qualidade do trabalho montado, antes de “agredir” a boca para sentir-se seguro.
Quando se começa a trabalhar com um cavalo é preciso ter um plano, saber onde estamos, nós e o cavalo, em que estagio de desenvolvimento no trabalho e saber onde queremos chegar. Sem um plano, a chance de erros é grande. Não dá para fazer as coisas na base apenas da tentativa e erro, e deve-se também estar aberto o tempo todo a ler o cavalo, a sentir o cavalo, a olhar seu equilíbrio, distribuição do peso, capacidade de engajar e reunir e capacidade de flexibilizar primeiro o pescoço, nuca e cabeça, as paletas e depois os traseiros, e estes exercícios de arena, fazem bem tanto ao cavalo quanto ao cavaleiro, antes de se querer chegar no fim, na troca de uma embocadura magica e ir pra rua.
Isso mostra a grande responsabilidade de ser dono de um cavalo. Não é um brinquedo novo, uma moto que você abastece e faz piruetas.
Seu cavalo novo necessita treinar; sua filha necessita lições. Eu poderia (mas não vou ) sugerir um sem número de embocaduras, mostrar seus desenhos e ação e resultados que fariam um trabalho grande de rasgar a boca do seu cavalo, de fazer ele até obedecer por medo da dor, mas “posso infligir dor neles” e isso não é a coisa magica que “dará ao cavaleiro o controle.”
A linha inferior é que não há nenhum bocado que dará a Anna o controle que necessita. As embocaduras podem ferir cavalos, mas não param cavalos. Os embocaduras não são freios; as embocaduras não funcionam como passe de magica.
O próprio significado de freio, ou bridão não quer dizer “ferramenta de parar cavalos”. São significados entendidos pelo cavalo no exato instante em que se alivia a pressão e não quando se faz a pressão. Sinais que o cavaleiro dê claramente, sinais de “quieto” ao cavalo, vire à esquerda, ou vire à direita.
Um exemplo. Você está guiando seu carro e o semáforo vermelho surge à sua frente. Aquela luz vermelha não é capaz de parar seu carro, nem tem o poder de acionar os freios do automóvel de longe. A luz vermelha é apenas um SINAL. Controlam suas ações porque você compreende o que aqueles sinais médios significam e você têm dirigido há algum tempo e se acostumou a agir de um determinado modo quando vê ou ouve um sinal. Você simplesmente sabe o que tem de fazer.
Se um louco qualquer, mudar esses sinais, trocar a cor da luz vermelha de posição, mudar a cor, mudar o som de uma cancela de trem, você ficará desorientado na hora, sem saber o que fazer e poderá se acidentar. Isso faz algum sentido a vocês, amigos e amigas sobre o que é uma embocadura?
Não é diferente para cavaleiros e cavalos – necessitam uma instrução básica boa e umas habilidades e de uma comunicação CLARA antes que possam ser levados para externas ou longos passeios.
Nós – e pelos “nós” quero dizer, eu, vocês que escreveram e todos que estão lendo, não queremos que aconteça nada de ruim para cavalo e cavaleiro. Você que está procurando uma solução rápida, simplesmente não há. Os cavalos não responderam corretamente com embocaduras mais pesadas ou que os agrediam a boca. Apenas ficarão confusos, sem vontade de trabalhar e quando ele ver você chegar com a cabeçada vai querer sempre subir mais com a cabeça para aquilo não ser colocado. Aqui domamos cavalos que são encilhados soltos, sem sair do nosso lado e que abaixam a cabeça para colocar a embocadura, ficando acomodados debaixo do meu braço para vestir a cabeçada.
Quando Cavalos jovens começam a responder bem através das embocaduras é porque não têm nenhuma ideia de que aquilo poderia causar dor em sua boca, e muito menos iriam associar a dor ou o freio com seu pedido de parada, mas basta ser mau usada uma vez e você verá todo um trabalho de construção ser derrubado em um dia.
Os cavalos tem direito de escapar da dor, do medo, e da confusão se afastando – sua defesa preliminar está até mesmo na velocidade, já que na natureza são animais de fuga. Quando um cavaleiro usa mau uma embocadura mais severa e/ou dá arrancos nas rédeas, a única mensagem que o cavalo processa é um “EI, VOCE ESTÁ ME FERINDO”. Aquele não é um sinal de parada, e de fato pode soar como ameaça e provocar uma fuga em disparada.
Se você não está no momento com recursos para encontrar a ajuda de algum bom instrutor ou horseman, voce pode acessar a internet, ver vídeos de bons profissionais no you tube, pesquisar, ler bons trabalhos e num piquete cercado trabalhar o cavalo até que ambos criem confiança, recorrendo como agora a consultas técnicas.
Por fim, dizer que o cavalo era magro por isso mais manejável e que depois de seis meses de baia ele ficou saudável, eu posso discordar porque equivale a uma pessoa ficar seis meses em repouso no quarto. Ele está sim cheio de gás e energia e deve gastá-la com exercícios programados de chão, depois montado, o ideal seria diariamente, ou pelo menos três vezes por semana no começo, depois duas, com método com uma escala de tarefas progressivas a cumprir, e ele em regime de baia sem trabalho organizado e fechado, fica sim redomão, ocioso, preguiçoso, sem condicionamento, com algumas dores musculares por contração excessiva de seus músculos, e sem querer obedecer a um pedido de trabalho montado.
É muito provável que você possa ver e perceber gordura adicional, mas terá havido as perdas invisíveis que são mais importantes distante: Os músculos serão menores e mais fracos, e os OSSOS serão mais finos e mais fracos também. Eu repito: Este cavalo não está em boa forma.
Se a menina Anna não puder controlar seu cavalo no piquete ou pasto em casa onde tudo é quieto e familiar, não tem exatamente NENHUMA possibilidade de controlar o cavalo na rua ou numa trilha ou pista com imagens, sons e estimulação novos em toda parte.
Deixar sua filha fazer provas com este cavalo ou ir para fora para passeios longos longe de casa, mesmo para passeios curtos em seu piquete ou pasto estará colocando-a em risco. Está pondo também o cavalo em risco, e – pense sobre isto – está pondo também em risco toda a pessoa ou pessoas que montam com sua filha, e qualquer pessoa ou pessoas.
As embocaduras são para uma comunicação, não para o controle.
Entendo a pressa da sua menina em aproveitar o cavalo, mas diga a ela: ESPERA. Há formas divertidas de usar um cavalo no trabalho de base, exercícios de arena, aprendizados juntos, de modo regular, ela estará construindo seu cavalo dia a dia, será bom para ela e seu cavalo.
Pode não ser tão livre como sair em longas cavalgadas, com os amigos, mas isso será uma conquista e trocar de embocadura, depois que estragar totalmente a boca deste cavalo, restará trocar de cavalo por um pronto, e se não for feito o que sugerimos o outro trará problemas depois de um tempo, sei que esta não é a resposta que você gostaria, mas é verdadeiramente a única resposta eu posso dar.
È também um grande prazer, crescer juntos, construir juntos, pode confiar, e isso pode começar ensiando-a a escova-lo diariamente, a puxá-lo pela guia com segurança, a rodá-lo no redondel, ensina-lo a ficar parado ao lado dela enquanto é encilhado, a segui-la dentro do redondel sem guia, uma conquista a cada dia que resultará em uma montaria segura, prazerosa, divertida e sedimentada com afeição.

O Horsemanship tem uma ação e solução natural para Cavalos que mordem

Um comportamento dos mais indesejados que um cavalo de sela pode apresentar é o hábito de morder as pessoas, normalmente as que mais gostam dele e querem chegar perto.
Mordidas de cavalo são efetivamente perigosas, mas felizmente nada comuns.
A melhor forma de lidar com uma questão como essa não é castigar, não é sentir medo a ponto de não poder chegar perto do cavalo que você gosta.
Então o primeiro passo é tentar entender do ponto de vista comportamental, quais os motivos que levam um cavalo a morder, mordiscar, beliscar com a boca, ou outras aproximações não desejadas.
Se você tiver a oportunidade de observar manadas de cavalos soltos a campo vai registrar um grande repertório da linguagem corporal. Nos jogos que realizam uns com outros, existem coisas do tipo pega e corre, morde, belisca e sai, grita e bate a mão no chão, vira e dá um coice fraco de alerta , mas também entre os que são mais amigos, aquele que coça com a boca as costas do outro, os que andam juntos se tocando de lado, sem agredir, e até mesmo formas de comunicação e de demonstração de amizade e afeto.
É claro que é tudo brincadeira, e pegar um pouco de pele nos dentes não é grande coisa, a menos que o destinatário seja um ser humano. Vai doer!!
Quando um cavalo quer beliscar você, geralmente ele está querendo expressar a sua vontade de brincar, como se você fosse um deles, mas ele não sabe que a pele humana é muito mais fina. Se por um lado pode-se dizer que é um presente ter um cavalo que quer brincar com você, por outro lado, é um sinal claro de que ele não reconhece você como líder dele, ele não te vê você como o alfa da manada e isso deve servir de alerta sobre como você se coloca em relação a ele, parece que muito mais de igual para igual do que como líder do grupo.
Por isso sempre digo a quem faz o curso sobre a linguagem natural do cavalo, os os cursos de doma natural e de horsemanship, que não se deve tratar Cavalos como seu pet, com mimos fora de hora, ou com “aquela linguagem tatibitate, meu tchu, tchu, tchu”, porque esse é um caminho que além dele não compreender, ele capta que é uma autorização para fazer o que quer, sem limites, sem regras, que existem até mesmo dentro da manada.

CAVALOS NUNCA mordem seus Lideres ALFA!

Você sabe como reconhecer o cavalo alfa em um rebanho? Normalmente é uma égua, ela que levanta primeiro as orelhas na direção de quem se aproxima, ela que sai na frente sendo seguida pelo grupo quando todos se colocam em movimento, ela que murcha as orelhas e aplica as correções de conduta em quem faz bagunça na manada e principalmente ela é a única sem quaisquer marcas de mordida! Cavalos não mordem seus líderes alfa.
No jogo de dominação, aquele que “morder melhor” ganha. Quando desde potros, eles incluem nas brincadeiras e correrias aquela “meia empinada”, as mordiscadas, se tocam e beliscam entre si, eles estão, basicamente, desenvolvendo suas habilidades de dominância e ensaiando estratégias de liderança.

As pessoas se voltam e acham graça no comportamento de um Cavaalo brincalhão que no começo belisca com os beiços e depois aprendem a usar os dentes em brincadeiras mais agressivas

A maioria das pessoas erra duas vezes quando diante de um cavalo com esse comportamento. Primeiro acham graças e “incentivam” e depois quando sai do controle ou acontece um acidente mais sério, começam a bater no cavalo para ele parar de morder, o que não funciona.
Porque o cavalo é predado na natureza, e presas não entendem o que é punição. Eles acham que você está mordendo de volta e agora o intercâmbio torna-se sobre quem vai “ganhar” o jogo de dominância, quem vai morder melhor.
No mundo do cavalo o mais corajoso cavalo, mais inteligente e mais rápido ganha. O cavalo alfa exerce a liderança pelo exemplo, ele é calmo, auto-confiante e totalmente sem agitação interior. Ele também está pronto para fazer o que for preciso para manter a posição alfa. Assim, quando um cavalo vai morder e tentar bater nele, o cavalo só fica melhor no jogo, ele fica mais rápido em esquivar-se do golpe e evitar o coice.
Conforme o tempo passa, a virada de pescoço rápida com mordida na ponta tendem a ficar mais constantes porque o cavalo fica mais sério na dominância sobre você. Além disso, quando um cavalo pode evocar uma reação emocional de você – surpresa, medo, raiva – ele sabe que você não tem chance de ser alfa. Você obviamente não está calmo, inteligente ou corajoso o suficiente!

Prevenir é melhor que remediar
Então, o que eu faço quando chego perto, na chamada área de risco? Eu digo “ouh” e esfrego de lado até que ele pare ! O que mais você vai fazer? Tapa no cavalo não funciona e com certeza não vai melhorar o relacionamento. Se você recebeu uma mordida, lembre-se: a culpa é sua. O que você precisa fazer é descobrir como evitar, em primeiro lugar. Uma vez mordido, a retaliação é infrutífera, então deve entender o porque do comportamento dele e agir antes do incidente acontecer.

Satisfazer a vontade dele de jogar

Muitos mordedores estão entre os que vivem em ambientes muito restritivos, como estábulos e currais e são isolados de outros cavalos. É compreensível que eles vão se sentir reprimidos e sua necessidade de interação social fica muito alta. E então você pode ser tudo o que ele tem para ter contato e extravasar a energia acumulada!
É possível que você, com mais frequência possa interagir com o seu cavalo de uma forma construtiva e brincar ao mesmo tempo. Isso permite que você exerça sua liderança da forma que os cavalos entendem. Cavalos dominantes movem outros cavalos ao redor e isso você com uma mais grossa e longa pode fazer no redondel.
Na forma de um jogo do tipo “quem move quem.”
Voce pode começar fazendo com ele movimentos de alongamento da musculatura, de garupa e pescoço, depois pode com movimento verticais na corda fazê-lo reunir-se e recuar diversos passos, ai relaxa, flexibiliza, alonga e começa fazer curvas sobre si mesmo, procurando trazer o nariz dele até a paleta, sem tirar as patas traseiras do chão. Alonga e solta a cabeça como um elástico. Para um lado e outro e depois movendo de modo cruzado as patas de trás enquanto encurva o dorso numa meia lua, depois para o outro lado e relaxa.
Ao jogar com ele de forma criativa propondo desafios novos em vez de jogar da mesma forma todas as vezes.
Correr com ele á guia e fazê-lo saltar pequenos troncos no chão, saltar dois frados de feno, fazer zique zague em cones ou balizas próximas, pular pneus presos a uma base de tábua, são exemplos de jogos leves e divertidos para ele. E fazer isso à guia com você na frente fazendo antes e ele te seguindo, consolida uma posição de liderança.
Sempre jogando-os numa sequencia você transforma os jogos em pequenas tarefas (“Jobs”), e os cavalos fazem as sequencias diferentes sem começar a ficar entediados. Seja criativo nesses percursos. Tente jogar os Jogos como pequenos desafios mentais monde o cavalo tem que fazer um monte de coisas diferentes, de saltar o obstáculo para pisar nele para saltar um tronco mais grosso e depois outros mais finos de alturas diferentes, indo para o lado sobre ele, parando em sua frente, trazendo ele pela guia longa com movimentos laterais da corda, (“io-io In”) e depois movendo –a verticalmente para cima e para baixo (“io-io out”).
Em seguida, considere jogar em linhas mais longas. Faça pequenos circuitos para um lado e outro no piquete ou no redondel, use cones, use bandeirolas de cores diferentes, etc.
Usar os obstáculos, fazer coisas diferentes com eles, e manter seu cavalo mentalmente envolvido. Levá-lo a pensar e saber o que você vai pedir para ele fazer a seguir! E cumprimenta-lo e agradecer a ele cada vez que fizer o certo, que se antecipar a você, já entendo o que seria pedido depois.

Premie o talento!
Um cavalo que é brincalhão, ou cheio de energia e mordedor também está mostrando sua necessidade de interação oral. Jogar com a boca muito, e fazer mais do que ele realmente quer: Esfregue vigorosamente com as mãos, puxe os lábios em torno de (! Brincadeira, claro), esfregar sua língua com a vara de cenoura, ensiná-lo a levar pela língua, e ensinar ele para pegar o seu boné ou uma vara ou um balde. Coloque esse “talento” óbvio para uma boa utilização. Você pode ensiná-lo a levantar um balde vazio com a boca, pode ensiná-lo a pegar uma cesta e mesmo a jogar uma grande bola plástica.
Ele também pode com paciência e perseverança da sua parte ensiná-lo e pegar o baixeiro e até a sela e trazer até você na hora de ensilhar dentro do redondel.

Fique fora da zona de Mordida

A maioria dos cavalos que gostam de beliscar, fazem isso porque eles estão muito perto de você. Voce pode ensiná-lo a mover-se ficando um metro longe e mantê-lo fora de seu espaço pessoal. Cavalos com uma tendência para beliscar também tendem a fazer isso no cavalo ao lado numa cavalgada, não permitindo que ninguém ande a seu lado, e corrigindo isso com exercícios – brincsdeiras tornam-se mais amigaveis, menos agressivo e mais auto-confiante. Basta ensinar o cavalo a ficar a uma distância próxima mas respeitosa, isso pode trazer uma grande mudança em seu comportamento indesejável de ficar beliscando. Lembre-se: se eles não podem alcançá-lo, eles não podem mordê-lo!
Se você sentir uma alfinetada chegando, você se afasta. Pode se fazer com seu cavalo se pressentir que ela vai usar a boca, rapidamente, você age e faz ele mudar de direção. Isso muda a sua mente, porque é um movimento dominante de sua parte. Bater nele, nessa hora vai fazer ele entender que é hora de brincar de dominante e ele vaai querer testar sua rapidez mais e mais dando troco às suas agressões ou cutucões físicos e bastam 3 ou 4 repetições para ele entender que é isso que você espera dele e ele se tornará um cavalo mais e mais desagradável ao seu convívio.
Coloque mais apoio em sua interação diária com o cavalo e, acima de tudo, não deixe que ele invadir o seu espaço.
Importante: Mantenha seus pés e ainda faça com que o cavalo mova os dele e deve fazê-lo sem qualquer tensão emocional. Outra ajuda a não olhar para o cavalo diretamente nos olhos dele.Essa é uma atitude de preador. Assim que ele se afastou, sorria e relaxe.
Outra dica: Se o cavalo é muito agressivo, comece a trabalhar com ele do outro lado da cerca. Jogar com ele através da cerca ou por cima da porta do redondel, por cima da cerca. Você precisa obter sua confiança antes de chegar mais perto do que isso. Ele sente o cheiro da sua desconfiança e vai querer fugir dela ou dominar.

Cavalos apenas mordem as pessoas que não gostam, não respeitam ou não confiam

Lembre-se, os cavalos são animais de presa. Eles estão mais preocupados com a segurança. Alguns cavalos mordem porque eles estão com medo ou inseguros (cérebro direito), outros mordem, porque eles estão tentando dominar (lado esquerdo do cérebro). Em ambos os casos, fazer uma espécie de “backup” funciona. E em ambos os casos, a melhoria do relacionamento funciona melhor, como descrito antes. Assim como as pessoas, os cavalos precisam de se sentir queridos e respeitados e seguem lideres calmos e confiáveis, e não aqueles que exalam o cheiro de medo quando perto deles, porque o cheiro do seu medo, a adrenalina, na mente dele tem o mesmo cheiro que o predador exala quando vai ataca-lo e isso está em sua memoria genetica.
Sucesso com cavalos depende de saber como desenvolver e manter a amizade e respeito. Lembre-se que respeito vem do latim “res spiciere” e quer dizer manter a devida distancia e aqui não se fala só da distância física e sim, colocar-se diante dele como seu líder.
Você deve construir um ponto de equilíbrio. Você não pode fazer um cavalo de respeitá-lo, punindo-o, na verdade, ele faz o oposto. Pessoas agressivas podem até obter um relativo sucesso para um cavalo parar de morder mas não conquistarão o coração do cavalo.
Tornar-se o tipo de pessoa gosta de um cavalo, respeita e confia. Isso significa que:
a) jogar um monte de jogos amigáveis. Faça seu cavalo gostar de você, de estar perto de você, e ter pensamentos positivos, quando ele te vê.
b) Traga-o de biscoitos e cenouras (como presentes, para depois da sessão de trabalho/jogos, para depois do banho quando voltar à baia, não como subornos, nem como “reforço positivo a cada ato, porque cavalo não é igual cachorro). Compreender a vida a partir de sua perspectiva, compreender como ele se desenvolve, respeito e considerar suas necessidades.
c) Desenvolver habilidades de liderança para um mínimo para que você saiba como ganhar o respeito do seu cavalo sem medo. Cavalos precisam de um alfa ou eles vão assumir o papel.
d) Tocar os jogos variando sempre. Prove para seu cavalo que você não é um predador, e que ele pode confiar em você, não importa o que aconteça. Há um delicado equilíbrio entre a obtenção de seu cavalo para fazer o que você pede e preservar a sua confiança.

Possibilidades de cores nos acasalamentos

Ainda que considere essencial no planejamento das cobrições os aspectos da morfologia funcional e no caso do MM, a qualidade do andamento marchado, sem super valorizar os modismos, muitas pessoas que valorizam a chamada beleza estética ou plástica nos questionam a respeito de como saber qual será a cor do futuro potro.
Então tive de pesquisar e encontrei nos meus registros um trabalho médico sobre as combinações genéticas e as possibilidades de cores decorrentes de cruzamentos.
Parte desse trabalho já foi veiculado em uma edição antiga da Horse, e parte no site hipismo brasil, trata-se de um tema já trabalhado antes, mas terei de pedir licença publica para a repercussão deste bom guia de referência, (sem citar por falta de certeza), o nome do(a) autor(a). Como nosso site não tem fins lucrativos, a publicação atende criadores e pessoas que amam o cavalo, desde já meu agradecimento a quem o redigiu.

COR DAS PELAGENS EM EQUINOS

A Genética

A cor da pelagem nos eqüinos é determinada exclusivamente através dos genes presentes em cada uma das células destes animais. Com exceção das células reprodutivas, o óvulo ou o espermatozóide, cada célula apresenta pares de genes, sendo um destes genes oriundo de seu pai e o outro de sua mãe. Á composição dos pares de genes do cavalo, chamamos de genótipo.

As características externas que podemos visualizar, no caso a cor, chamamos de fenótipo. Animais de mesmo fenótipo podem apresentar genótipo diferente e isto será determinante na coloração de seus descendentes. Nos cavalos, os genes para pelagem podem apresentar características de dominância ou herança quantitativa que explicaremos a seguir. No cavalo Puro Sangue Lusitano as cores mais comumente encontradas são: tordilhos, pretos, castanhos, alazões, baios amarelos, palominos, isabéis e baios. Representa-se por letras maiúsculas os gens dominantes e por minúsculas os gens recessivos.

Tordilhos

Os cavalos tordilhos são os que nascem com uma pelagem normalmente escura e que vai clareando com o tempo até o animal se tornar praticamente branco.

O gen responsável pelo tordilhamento é o gen G. Este gen se manifesta de maneira dominante, ou seja, se o cavalo recebeu apenas um G de qualquer um dos pais, este animal será tordilho.

O gen G é também dominante em relação a todos os outros genes. Portanto, cavalos tordilhos poderão ser GG ou Gg. Cavalos gg serão ”coloridos”, com sua cor dependendo da composição dos demais genes. Um cavalo GG sempre produzirá filhos tordilhos, visto que obrigatoriamente seus filhos terão um G oriundo do mesmo.

Um animal tordilho sempre terá ao menos um dos pais tordilhos, porém dois cavalos tordilhos poderão ter filhos ”coloridos”. Neste caso, ambos os pais seriam obrigatóriamente Gg e ambos transmitiriam o g aos seus filhos coloridos. Cavalos tordilhos : G_*

* O traço representa a indiferença do segundo gene do par.

Pretos, Castanhos e Alazões
Alazão
Temos nestas cores a influência dos genes B e A. Os gens B e A são dominantes sobre seus alelos b e a. O gen B determina a existência de pigmento preto em alguma parte do cavalo. Se o animal for recessivo para B, ou seja bb, este cavalo não terá pigmento preto e será um cavalo da cor alazã. O gen A determina a distribuição da pelagem preta apenas para a crina, cauda e extremidades dos membros.

Portanto, cavalos B_A_ são castanhos. Para que o cavalo seja preto, deveria portar o gen B e ser recessivo para o gen A, não havendo desta maneira, a distribuição da pelagem preta, e esta se manteria de maneira uniforme por todo o corpo.

Cavalos pretos : gg B_aa.
Cavalos castanhos : gg B_A_
Cavalos alazões : gg bb_ _

Palominos, Baios Amarelos e Isabéis

O gen Cr é responsável por tais colorações. Ele manifesta-se de maneira quantitativa, ou seja, com a preseça de um gen Cr o cavalo terá um fenótipo e com dois terá outro. O gen Cr é resposável pela diluição da cor da pelagem.

Com apenas um gen Cr, todas as partes de coloração avermelhada terão uma diluição para uma tonalidade mais amarelada. É o caso dos palominos e dos baios amarelos. No caso dos baios amarelos, a crina, cauda e extremidades de membros mantêm-se pretas já que apenas um gen Cr irá diluir apenas a coloração avermelhada do corpo. Será um cavalo amarelado de extremidades pretas.

Os palominos não apresentam coloração preta na pelagem e, por isso, além da coloração amarelada do corpo, manifestam uma diluição da cor também da crina e cauda em tonalidade de amarelo muito clara tendendo ao branco. Com a presença de CrCr, há diluição tanto da pelagem vermelha, quanto da pelagem preta. Além disto, há também mudança na cor dos olhos, que se tornam de tonalidade azulada.

Este cavalo é chamado de isabel.

Cavalos palominos : gg bb _ _ Cr cr
Cavalos baios amarelos : gg B_ A_ Cr cr
Cavalos isabéis : gg _ _ _ _ Cr Cr

Baios

Existe outra coloração que podemos chamar de baia, onde a cor avermelhada do corpo tende a uma diluição para uma tonalidade mais clara, formando manchas amareladas com o passar do tempo. Esta coloração é determinada pelo gen D.

O gen D manifesta-se de maneira dominante, não importando se o cavalo apresenta um ou dois genes deste tipo para que se determine a sua coloração.

Cavalos baios : gg B_ A_ cr cr D_


Possibilidades de Cores em Acasalamentos

• TORDILHO x TORDILHO: todas as colorações são possíveis, desde que ambos
sejam heterozigitos (Gg). Se não, apenas tordilhos.
• TORDILHO** x PRETO: todas as colorações são possíveis.
• TORDILHO** x CASTANHO : todas as colorações são possíveis, com excessão do isabel.
• TORDILHO** x ALAZÃO : todas colorações são possíveis, com excessão do isabel.
• TORDILHO** x PALOMINO: todas as colorações são possíveis.
• TORDILHO** x BAIO AMARELO: todas as colorações são possíveis.
• TORDILHO** x ISABEL: tordilhos, palominos, baios amarelos, isabéis ou pretos.
• TORDILHO** x BAIO: todas as colorações são possíveis com excessão do isabel.
• PRETO x PRETO: pretos, alazões, palominos, baios amarelos ou isabéis.
• PRETO x ALAZÃO: pretos, alazões, palominos ou baios amarelos.
• PRETO x CASTANHO: pretos, castanhos, alazões, palominos ou baios amarelos.
• PRETO x PALOMINO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou isabéis.
• PRETO x BAIO AMARELO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou isabéis.
• PRETO x ISABEL: pretos, palominos, baios amarelos ou isabéis.
PRETO x BAIO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou baios.
• CASTANHO x CASTANHO: pretos, castanhos ou alazões.
• CASTANHO x ALAZÃO: pretos, castanhos ou alazões.
• CASTANHO x PALOMINO: pretos, castanhos, alazões, palominos ou baios amarelos.
• CASTANHO x BAIO AMARELO: pretos, castanhos, alazões, palominos ou baios amarelos. CASTANHO x ISABEL : pretos, palominos ou baios amarelos.
• CASTANHO x BAIO: pretos, castanhos, alazões e baios.
• ALAZÃO x ALAZÃO: apenas alazões.
• ALAZÃO x PALOMINO: alazões ou palominos.
• ALAZÃO x BAIO AMARELO: pretos, castanhos, alazões, palominos ou baios amarelos.
• ALAZÃO x ISABEL: pretos, palominos ou baios amarelos.
• ALAZÃO x BAIO: pretos, castanhos, alazões ou baios.
• PALOMINO x PALOMINO: palominos, alazões ou isabéis.
• PALOMINO x BAIO AMARELO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou isabéis.
• PALOMINO x ISABEL: pretos, baios amarelos, palominos ou isabéis.
• PALOMINO x BAIO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou baios.
• BAIO AMARELO x BAIO AMARELO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou isabéis.
• BAIO AMARELO x ISABEL: pretos, baios amarelos, palominos ou isabéis.
• BAIO AMARELO x BAIO: pretos, castanhos, alazões, palominos, baios amarelos ou baios.
• ISABEL x ISABEL: apenas isabéis.
• ISABEL x BAIO: pretos, baios amarelos ou palominos.
• BAIO x BAIO: pretos, castanhos, alazões ou baios.

**desde que estes animais sejam heterozigotos para o gen G (Gg). Se não, apenas tordilhos.

A Cavalo, um verão sem problemas

O verão é uma estação interessante para a prática de qualquer atividade equestre. O calor, o sol e o bom tempo favorecem saídas a cavalo, e a recomendação é para procurar fazer isso nas primeiras horas do dia.
Seja porque em dias de sol quente, nestas horas ainda o calor é suportável para cavalo e cavaleiro e aqui nas regiões tropicais e sub tropicais, no final de tarde, são comuns tempestades fortes, com vento e às vezes com muitas descargas magnéticas (relâmpagos).
Os criadores e cavaleiros deixam para trás o inverno os cuidados para proteger seus cavalos do frio e as suas consequências, como os riscos de gripe, influenza, garrotilho, prevenidos por esquemas de vacinação, o uso de capas a noite, etc. Agora no entanto, é tempo de boas atividades a campo, ou em pista, treinos, mas também tratamos de proteger os cavalos de altas temperaturas e de tudo que a acompanha.
A responsabilidade do cavaleiro em garantir o bem-estar do Cavalo é total. O verão pode colocá-lo diante de situações extremas e nessas condições, obrigá-lo a esforços desnecessários ou desumanos acaba com a parceria e com a confiança dele em voce, isso seja em qual for a época do ano.
No verão, em especial, teremos de cuidar em especial de evitar problemas cuja origem é o aumento das temperaturas: fatores como a desidratação, dermatite (doença de pele) ou irritação devido a picadas de moscas e mosquitos, lesões nos cascos pelo excesso de umidade e crescimento de fungos, etc.
Para conseguir isso, nada melhor do que para prevenir e manejar com atenção redobrada. Só desta forma pode-se garantir um verão tranquilo em que Voce possa desfrutar de um cavalo feliz. Abaixo, listamos alguns dos aspectos a serem considerados neste aspecto nos próximos quatro meses.

A Hipersensibilidade aos Insetos
Também conhecida como dermatite de verão, esta é uma reação exagerada do sistema imunológico do cavalo à saliva, que os insetos inoculam durante a picada. A única cura para este problema acontece para impedir que estas picadas. Hoje em dia, existem muitos e diferentes métodos para lutar contra isso.
Para começar, como um primeiro passo que você deve evitar cavalos pastando em áreas muito molhadas (perto de alagados, pântanos, beira de rios, lagoas etc.), uma vez que a proliferação de parasitas neste meio é maior do que o habitual. Por outro lado, é conveniente examinar o animal todos os dias de manhã e à tarde para localizar novas picadas e tratá-los com loções específicas que permitirão que eles curam-se rapidamente. O uso de repelentes naturais à base de citronela é importante. Aqui plantamos perto das baias toucerias da planta citronela, e utilizamos produtos como uma espécie de anticoncepcional para as moscas pararem de colocar ovos. Esse produto é diluido em água, passado em cordões que atraem as moscas e em contato com ele, elas não ovulam e aí o ciclo reprodutivo delas se acaba na temporada.
Outro cuidado preventivo essencial é com o manejo da esterqueira que deve ser organizada em pilhas de compostagem, molhada para que a temperatura interna suba e isso elimina os ovos das moscas também.
Se na propriedade tiver cachorros, como é o caso daqui, que tem muitos, então as fezes deles devem ser recolhidas, enterradas em buraco com cal por cima.
Tendo em conta este primeiro aspecto, quais são os insetos que poderiam causar mais danos a um cavalo?

MOSCAS
Cada ano, desde o início da primavera em setembro, até março, fim do verão, as moscas aparecem e com elas começa um período de desconforto para os cavalos que tentam, em vão, se livrar de sua presença irritante.
As Moscas mais irritantes são as pequenas e pretas que vibram ao redor da face e sob a barriga do animal. Normalmente atraídos pelo período mais chuvoso, elas buscam as áreas úmidas do corpo do equino (ou seja, mucosa: olhos, narinas, vagina, anus, etc.), no sangue de uma ferida em um machucado que deve estar coberto com pós como “tanidil” ou pomadas cicatrizantes e repelentes.
Neste último caso, se faltar a higiene e o cuidado firme e diário, a presença desses insetos pode causar infecções mais graves, com depósito de ovos que viram bernes, e picadas das chamadas varejeiras, que causam nódulos, às vezes muito dolorosos.
Para erradicar este problema, repelentes de mosca são uma boa solução, como afirmei antes, de preferencia à base de citronela. Em casos extremos, você também pode usar telas nas portas das baias. Plantas repelantes podem aliviar os espécimes mais sensíveis. Todos esses cuidados servem para manter o cavalo mais a vontade e menos irritado.

MOSQUITOS
As picadas de mosquito causam uma reação alérgica em hipersensibilidade de chamar a cavalo para picadas de insetos que podem causar (geralmente resultam em uma concentração de picadas em torno a crineira, cauda e parte traseira).

AS MUTUCAS
O problema deste tipo de mosca não é a dor que ela causa e a coceira, mas através de um tubo longo deposita seus ovos em diferentes áreas da pele do cavalo (especialmente na parte inferior dos membros e pescoço), levando-os a causar graves danos internos, se a cavalo lamber a pele no local, ele irá ingerir os ovos, então, estes ovos entrarão em seu sistema digestivo onde as larvas se alimentam e incubadas antes de sair por meio de fezes durante o inverno, ou dar origem a outras parasitoses.

O BANHO: O MELHOR ALIADO
O cheiro de suor dos cavalos atrai muito os insetos. Uma das melhores maneiras de diminuir a quantidade destes por cavalo é manter limpa o animal e com feridas muito controladas. Embora também seja verdade que um sabão contendo repelente de mosquitos pode ser muito útil, sobretudo si permanece nesse animal após a ducha. Regularmente (pelo menos uma vez por semana) lavando-o com um bom sabão, e obrigatoriamente após cada sessão de trabalho, cavalgadas, treinos, deixando-o com repelente natural, secando à sombra antes de entrar na baia de novo. Quando usar repelentes cuidado com áreas sensiveis, como olhos, narinas, ouvidos e boca.
Embora o cheiro do cavalo reapareça, com banho e o repelente ele terá algumas horas livres de moscas e mosquitos.Depois, é que você pode continuar insistindo com repelente em spray após cada sessão de higiene diária e escovação.
UM BOM BANHO
Se o cavalo acabou de trabalhar e está quente e suado, comece com duchas na parte inferior das patas, nos boletos de cada pé e depois das dianteiras e vai subindo, resfriando ele de baixo para cima.
Um bom banho para um cavalo começa com a diluição do shampoo em um balde de água e aplique a mistura com sabão por todo o corpo do cavalo. Com uma escova voce vai friccionar o seu corpo para que o shampoo entre bem entre seus pelos. A face, por sua vez, deve ser lavada delicadamente com uma esponja, ou bucha de cerdas macias tentando manter os olhos livres de sabão.
Você vai esfregar a crina do cavalo com a solução para que penetra as raízes e uma escova macia será usada para transportá-lo para a área das extremidades.
Para lavar a cauda, coloque a mistura de shampoo e água em um balde então mergulhe a cauda toda do cavalo dentro do balde e esfregue até que a sujeira caia e voce vai ver que a espuma ficará turva, é essencial enxaguar bem com agua corrente. Se, você puder, é bom repetir o processo uma segunda vez. Depois de enxaguada, com um pente largo de aço, desfie a cauda para ela descer livre e desembaraçada.
Para acabar com o banho, faça uma ducha em spray, colocando o dedo na ponta da mangueira, (com cuidado, porque você pode assustar ele). E venha com a ducha de cima para baixo até o final de cada pata. Cuidado essencial em não deixar entrar água nos ouvidos. Com a mangueira fraca e sem spray vá puxando o cabo do cabresto para ele abaixar a cabeça e de frente para ele vá subindo devagar para lavar a testa e entre os olhos, use a mão para esfregar de leve essa região, conversando com ele. Há cavalos que não foram acostumados desde cedo a lavar a cara e alguns podem estirar e causar acidentes no lavador e isso nós não queremos de modo algum, porque o banho deve ser regular no verão e ele deve gostar muito disso.
O Excesso de umidade após o banho pode ser eliminado usando um rodo pequeno, orientando-o sempre no sentido do pêlo. Você deve pentear a crina, como fez com a cauda para remover nós. É bom deixar o Cavalo relaxar durante a secagem tranquilamente sob o sol leve ou á sombra de uma árvore, se for um horario muito quente do meio do dia. Para finalizar o processo, uma vez seco, eles podem ser escovados para remover marcas d’água e estimular o brilho de seus pelos.
O ritual de escovação diária, o banho com shampoo e depois aplicação de repelentes após o trabalho, treino, passeio é um agradecimento ao Cavalo, e auxilia no manejo diário porque ele se acalma, se livra de moscas, alivia as coceiras do suor e com ele tranquilo, tudo fica melhor para todos.