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Bem-estar do cavalo durante viagens de longa distância

Só muito recentemente conheci o site do Rancho São Miguel e não posso acreditar na riqueza de informações disponíveis. Muito obrigado. Eu estou no interior de Minas, sou criador, quero aprender a iniciar meus cavalos e suas opiniões e artigos estão entre os mais completos que já li, o de Mormo, foi um deles. Eu espero sua ajuda com uma questão urgente.
Voce sabe que tem crescido as oportunidades de venda de cavalos brasileiros para o exterior. Antes era mais comum em algumas raças, os brasileiros trazerem matrizes e garanhões de fora, como nos Quarto de Milha e Lusitanos. Agora vendemos o Mangalarga Marchador para EUA, Europa e América do Sul.
Estou prestes a embarcar tres cavalos para fora e eles vão fazer a viagem para o embarque executado pelo meu instrutor de adestramento em duas semanas.
Tenho duas preocupações sobre a viagem. Eles deverão ir de caminhão para uma viagem de 210 km, com parada para exames sanitarios e depois seguir até o aeroporto, com obrigação de horário de chegada com antecedencia, aqui os aviões atrasam, e ele precisa ser atendido em toda essa jornada estressante, e viagem à parte, um deles é um potranco que basicamente nunca deixou o lugar que ele nasceu, onde ele tinha sua manada, seu lugar no mundo, e vivia durante todo o dia com um grande grupo de cavalos na fazenda.
Sei que para onde eles irão tudo voltará a um equilibrio, haverá adaptação ao clima, assim penso que seja melhor embarcá-lo agora, vai chegar lá com a chegada do verão. Eles ainda são visitados todos os dias, porque é uma raça que desperta muito interesse e haverá uma boa interação humana, o bom é que alguns cavalos.
Como deve ser a preparação final para os dias antes do embarque, devo medicá-los com sedativos, eles ficarão muitas horas sem se movimentar, seja no caminhão, seja parado no Aeroporto, e durante as horas de viagem?obrigado, desde já.

Olá Pedro Paulo, obrigado pela visita e pelos comentários sobre o site do Rancho. Isso nos anima a compartilhar a melhor informação sobre manejo e comportamento ao nosso alcance.
Primeiro, ficamos contentes que, de fato, nossos bons cavalos começam a ser exportados a cada dia mais. E mais contentes ainda, que criadores e profissionais começam a ter preocupações diferenciadas não apenas com a segurança do patrimônio mas com a qualidade de vida dos Cavalos, e com seu bem estar nessas mudanças.
É da natureza do Cavalo – acostumado e confortável em sua rotina – sofrer muito com as mudanças, não apenas com manifestações do estresse, mas principalmente com quedas de imunidade, surgimento de afecções e problemas psicosomáticos, (quando o nivel de estresse acarreta disturbios fisicos).
Eu recomendo que na medida do possivel, semanas antes da viagem eles tenham trabalho leve, fiquem soltos em bons piquetes, parte do dia, tenham uma dieta mais moderada com menos concentrados e mais volumoso de qualidade, com oferta de bons capins fenados ou não, leguminosas como alfafa para que não sitam falta da ração nos horários habituais e assim se saiam melhor com as 24 ou 48 horas em que não receberão ração nas hora de costume.
A preparação fisiologia com movimentação em liberdade ajuda o sistema circulatório e linfatico.
Quando estiver em vias de iniciar a viagem, deve-se proporcionar um embarque ideal, com as condições recomendadas de um bom embarcador ou caminhão com rampa.
Se o negócio se sofistica com a exportação, as condições de manejo devem acompanhar e serem modernizadas. Exames sanitários, e guias na mão, seguro de viagem assinado e pago, documentação de transferencia em ordem, guias e impostos recolhidos, a atenção deve ser na proteção fisica, com as ligas de descanso, proteção de cauda, proteção de chanfro, e eventualmente capa para inverno, se for o caso.

Algumas empresas preocupam-se em colocar uma musica classica de fundo no compartimento destinado ao transporte de carga viva, mas isso seria nada menos que o ideal.
Dieta de feno de otima qualidade durante a viagem é suficiente.
Na fase antes do embarque aéreo, durante o trajeto de caminhão , depois de umas tres horas, se for possivel, deve-se tentar um local adequado para ele descer, se movimentar por uns 15 minutos, puxado à guia para depois enfrentar todas as horas da viagem aérea, com melhor disposição.
Dada a “qualidade” das nossas estradas rurais, o motorista deve ser experiente e cuidadoso porque os solavancos causam impascto nas articulações. Botas de transporte por caminhão não agravaria o problema
Os cavalos são rápidos para imitar outros e se com o potranco vão cavalos mais experientes, ele tenderá a seguir o comportamento dos demais, não devendo se preocupar quanto a isso, e os cavalariços que irão acompanhá-lo até o embarque e ou durante toda a jornada devem ser conhecidos dos cavalos, porque isso os acalma também.
Boa sorte, desejo êxito aos Cavalos na viagem e a você, que continue exportando nossos bons Cavalos Marchadores.

Conheça mais as funções das Vitaminas

Muitos cavaleiros e proprietários de Cavalos ainda fazem alguma confusão entre grupos alimentares, entre as vitaminas e proteinas na dieta dos equinos.
Aqui apresento um resumo das principais vitaminas necessárias ao bom equilibrio nutricional, suas funções e em alguns casos as fontes naturais, mas é muito importante que voce leia o verso das embalagens de ração, veja os garantidores, os niveis apresentados em cada formulação, que complementam as necessidades diarias, além de um volumoso(capins) de boa qualidade, digestibilidade e vindos de um solo tratado e balanceado, uma vez que as necessidades basicas de sais minerais e aminoácidos são atendidas pelo que o capim tira da terra.
Essa razão já bastaria para que as propriedades de criadores de cavalos, ou produtores de feno, atentassem anualmente para a recomposição do solo. No Brasil, metade dos pastos está degradada e a outra metade em vias de degradação. Isso é um grande desperdício na agropecuária. Solos bem cuidados dispensariam investimentos em suplementos.
Vitaminas de A a Z
Ácido Fólico: Participa da síntese do DNA, controla o desenvolvimento de células nervosas, atua no metabolismo das proteínas.
Ácido Linoleico e Ácido Linolênico: Reforça o sistema imunológico e proporciona maior desempenho reprodutivo.
Acido Pantotenico: Favorece a absorção de energia e a ligação da transmissão do impulso nervoso.
Arginina: É hidrolisada pela arginase para formar ornitina e uréia, fazendo assim parte da detoxificação in vivo da amônia através do ciclo da ornitina. Amplamente utilizada isoladamente ou combinada com outros aminoácidos como um agente revigorante na recuperação da fadiga e para a melhoria da disfunção hepática.
ß- Caroteno: É considerado um antioxidante natural com ação comprovada para evitar a ocorrência de tumores cancerígenos iniciados pelos radicais livres.
Biotina: Auxilia o metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
Importante fator na construção dos cascos e pelagem.
Cálcio: Importante no crescimento ósseo, auxiliar para retardar o cansaço muscular.
Cobalto: Estimula a atividade eritropoiética ( glóbulos vermelhos ).
Cobre: Auxilia no sistema imunológico dos animais.
Colina: Fator de proteção hepática.
Cromo: Tem função na redução dos problemas de miosite (desordem muscular similar a cãibras, travamento); melhoria do sistema imune, obtendo maior resistência a doenças; diminuição do estresse.
Ferro: Importante efeito antianêmico e hematopoiético.
Fósforo: Auxilia no crescimento dos músculos e órgãos.
Importante na absorção e utilização das gorduras.
Glicina: Responsável pela síntese de dimetilglicina, que junto com o selênio melhoram o aproveitamento do oxigênio e aumentam a resistência das células pela escassez. Importante principalmente em exercícios extenuantes, para diminuir o aparecimento de fadiga muscular e câimbras.
Glutamina: Aminoácido circulante mais abundante no plasma sanguíneo e que tem como reservatório principal juntamente com a alanina o músculo esquelético.
Histidina: Aminoácido essencial, importante para síntese de proteínas.
Inositol: Auxilia na síntese de lipoproteínas, cuja principal função é a mobilização das gorduras do fígado, emulsificando-as e transportando-as do sangue aos tecidos evitando que as mesmas acumulem no fígado causando o “fígado gordo”. Age também como segundo mensageiro, aumentando a disponibilidade da glicose sanguínea em estado de estresse.
Iodo: Síntese de hormônios da tireóide, essenciais ao crescimento e maturação física.
Lisina: Aminoácido essencial.
Magnésio: Importante no trabalho neuro-muscular.
Manganês: Desenvolvimento da matriz óssea. Metabolismo dos aminoácidos.
Metionina: Recomendado para cascos de eqüinos com laminite, junto com a lisina torna-se responsáveis pelo processo de queratinização das camadas epidérmicas dos cascos, pêlos e pele.
Nicotinamida: Ácido nicotínico na função de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina é o elemento essencial para os glucoronídeos eliminarem do organismo substâncias estranhas, chamadas xenobióticas como são os resíduos poluentes de indústrias metalúrgicas e de drogas medicamentosas como os antiinflamatórios e outros.
Saccharomyces cerevisiae: evitam a proliferação de bactérias patogênicas, contribuindo para a saúde intestinal e otimização do aproveitamento dos nutrientes da dieta.
Selênio: Estimula o crescimento, eleva fertilidade e auxilia a evitar stress muscular.
Sódio: Importante no funcionamento dos músculos do coração e no trabalho neuro muscular.
Taurina: Potencializa o efeito da insulina, facilitando a penetração da glicose aos músculos.
Triptofano: Aminoácido essencial precursor da serotonina, um neurotransmissor inibitório que interfere na conduta e modula as atividades psíquicas, diminuindo a excitabilidade, agressividade, a agitação e o pânico, proporcionando ao animal tranqüilidade e calma.
Vitamina A: Eleva resistência imunológica.
Vitamina B1 ( Tiamina ): Melhora o apetite e favorece o crescimento.
Vitamina B2 ( Riboflavina ): Favorece a absorção de energia e proteínas.
Vitamina B3: Síntese de gorduras do metabolismo de proteínas e da oxigenação dos tecidos.
Vitamina B5: Ajuda a reconstruir os tecidos corporais, liberação de energia dos carboidratos. Auxilia na formação dos hormônios.
Vitamina B6 ( Piroxidina ): Eleva a absorção de energia e proteínas.
Vitamina B12: Atua no sistema neuro-motor.
Vitamina C: Previne e combate o escorbuto, gripes resfriados e hemorragias.
Auxilia na cicratizacão de feridas, aumenta a resistência contra infeções e contra o cansaço.
Vitamina D3: Evita acidentes osteo-articulares.
Vitamina E: Indispensável à reprodução e músculos.
Vitamina K: Importante para a coagulação do sangue, é indispensável para a síntese da osteocalcina, que exerce papel no remodelamento ósseo.
Zinco: Formação da pele e dos ossos.

O que é afinal a indesejável Laminite ?


Depois de dois dias acompanhando o excelente trabalho do ferrageador Ioan de Guararema em nosso Rancho, em mais de dez cavalos, felizmente nenhum com laminite, mas nos deparando com alguns sinais de enfraquecimento dos cascos, percebi que, se aqui onde temos um severo cuidado com a qualidade das camas, e com a dieta com menos açucares, há sinais de problemas que serviram de advertência, imagina onde esses cuidados não existem ou onde os cavalos são expostos a intenso ritmo, a viagens em estradas de asfalto, o quanto a saúde de seus cascos está ameaçada?

Teste com a gente o seu conhecimento sobre a perigosa laminite, que afeta os cascos dos Cavalos, com nosso questionário de 12 perguntas tipo VERDADEIRO OU FALSO?

1. As palavras laminite” e “afundamento” significam a mesma coisa.
Falso . Embora essas palavras são freqüentemente usadas alternadamente, eles descrevem estágios específicos no que é uma das mais complexas das doenças de cavalo. Laminite é a inflamação das lâminas, os tecidos finos, pregas que conectam o osso do caixão para a parede do casco. Afundamento é a deformidade causada quando as lâminas estendem e falham, ficando separadas, quando o osso da falange distal sofreu “rotação” ou “afundamento”, conforme o grau de separação deixando a caixa do casco sem suporte o que faz que ele rode (“sumidouros”) para baixo, puxado pelo tendão flexor profundo. Nem todos os cavalos com laminite desenvolvem afundamento em seus cascos.

2. Cavalos que pastam na relva coberta de orvalho frio correm maior risco de laminite.

Falso . Teorias ligando o local e o tempo de pastejo de laminite em cavalos são abundantes e esta é uma das mais comuns. Mas a investigação sobre frutose, feita por uma fábrica de açúcar sobre o que poderia ser um disparador chave de laminite em cavalos, sugere que as primeiras horas da manhã podem realmente ser o momento mais seguro para um cavalo pastar. Os niveis de Frutose em gramíneas são menores durante as primeiras horas da manhã, depois de uma noite. Os níveis de açucares naturais são mais altos no final da tarde ou à noite em um dia ensolarado.
3. Certos tipos de cama podem provocar laminite.
Verdadeiro . Exposição de aglomerado de madeira de árvores, ou de palha de arroz, ou camas de capim mal limpassão são uma das causas de laminite bem documentados. Um composto químico na madeir, quando ela apodrece, que pode matar outras plantas e até mesmo minhocas, é o provável culpado que desencadeia a laminite. Quando exposto a lascas das madeiras, cavalos normalmente começam a mostrar sintomas de laminite dentro de um ou dois dias. Cama contendo alguma coisa como 20 por cento de “black walnut” nas aparas podem induzir laminite em cavalos, então é importante saber que tipo de aglomerado de madeira voce tem antes de usá-los.
4. Piso Muito duro pode precipitar afundamento pelo impacto dos cascos.

Verdadeiro . Prolongada concussão contra uma superfície implacável, como asfalto, pode levar a uma condição comumente chamada “road founder” ou afundamento pelo piso. A força de cada passo literalmente puxa as lâminas da parede casco; Este é um exemplo em que um cavalo pode sofrer o afundamento direto sem ter tido laminite. Simplesmente trotando ou marchando, se atravessar uma rua não causará o problema. A maioria dos cavalos que desenvolvem afundamento pelo piso viajaram trabalhando em estradas difíceis por quilometros e quilometros durante dias ou passou anos trabalhando no asfalto sem a devida proteção em seus cascos.
5. Um osso da falange distal que sofreu rotação por laminite eventualmente irá retornar à sua posição original.

Falso . Quando a laminite provoca o afundamento ou a rotação da falange, em cavalos é para sempre, e osso dentro da caixa, que rotacionou dentro do casco nunca recupera a sua posição original ou anexos. Entretanto, um ferrageamento corretivo aparando e o uso de ferraduras clínicas pode ajudar o casco crescer para corresponder à nova posição dos anexos e novos ossos da falange pode se formar entre a parede do osso e a do casco.
6. Vacinas e resfriadores especificos são conhecidas por causar laminite.

 Falso . Não há nenhuma evidência vinculando qualquer produto ou vacina com a laminite em cavalos. Dito isto, a laminite pode ser uma complicação de uma febre alta ou doença sistêmica, portanto, uma severa reação adversa e assim qualquer produto veterinário poderia precipitar a condição. Se você suspeitar que seu cavalo está tendo tal reação, chame seu veterinário imediatamente.

7. É importante saber o que causou um caso de laminite antes de tratá-la.
Falso . O tratamento adequado será praticamente o mesmo, não importa o que causou a inflamação da laminite ou os danos físicos do afundamento. No entanto, em alguns casos saber o que precipitou a laminite faz com que possamos ajudá-lo a evitar a reincidência ou proteger outros cavalos das condições de uma cama ruim, de grãos mofados e outros perigos.
8. Há um caminho “certo” para ferrar um cavalo com laminite
Falso . Se algém tentou corrigir apenas com ferrageamento ou aparamento e restaurou cavalos com laminite, todo mundo iria usar o mesmo o problema não exisitiria mais. A realidade é que existem abordagens variadas para ajudar Cavalos com laminite aplicando sapatos com versões anteriores (veja fotos) para adicionar almofadas especiais para não cairem os cascos do cavalo. Nenhum estudo científico já demonstrou uma para ser mais eficaz do que o resto. O melhor tratamento ou combinação de tratamentos para a laminite em cavalos depende as especificidades do caso, o que pode mudar com o tempo.

9. Laminite ocorre principalmente em cavalos extremamente gordos e em pôneis.
Falso . Se por um lado, os riscos para laminite aumentam com a obesidade, e as evidências sugerem que certas linhas circulatórias são mais susceptíveis à laminite dos cavalos, mas com o estresse metabólico suficiente, qualquer cavalo independentemente do tamanho ou raça pode desenvolver laminite.
10. Até o momento que um cavalo manca ou claudica severamente, o dano de laminite foi feito.

Verdadeiro . De 24 a 48 horas entre os eventos ou condições que precipitaram a laminite e o ponto, quando é evidente que o cavalo está com dor e manca, estas horas são conhecidas como o “período de silêncio”. Uma vez um cavalo começa a expor o desconforto dos sintomas de laminite, a condição é impossível de reverter. Uma faixa de investigação sobre laminite envolve investigação dos mecanismos metabólicos complexos no local de trabalho, durante o período de silêncio para que um dia possamos impedi-los de desencadear a cascata de eventos que levam à dor e àdeformidade permanente dos cascos de um cavalo.
11. Certos tipos de Feno e capins com talo, e alfafa são perigosas para os cavalos que são suscetíveis a laminite.
Verdadeiro . Certos capins, e alfafa contém níveis relativamente elevados de açúcares e amido, no pasto e como parte de feno. Esses nutrientes podem iniciar a Cadeia de eventos que leva à laminite digestiva. Evitar dar capins que fermentam ou alfafa para cavalos que correm um maior risco de laminite, os que executam provas mais exaustivas e verificar seus campos e qualidade de suas camas periodicamente para se certificar de que estas plantas não sejam fatores de risco extra.
12. Os cavalos que tiveram uma rotação de boleto ou afundamento e foram tratados correm um risco extra de outro episódio de laminite.
Verdadeiro .Um cavalo que se recuperou de um ataque de laminite eventualmente após o tratamento crescem lâminas novas que reconectam o osso da falange distal dentro da caixa do casco com a parede do casco. No entanto, esses anexos não são tão fortes quanto os originais, e o cavalo para sempre vai estar no risco de um afundamento novamente. Além disso, muitos casos de “novas” laminites e afundamentos são simplesmente uma exacerbação de um episódio anterior, que pode ter ocorrido despercebido ou quando o cavalo tinha um proprietário diferente.

Recomendamos a leitura do trabalho do Roger Clark, sobre esse tema em seu blogspot. Acesse http://clarkveterinario.blogspot.com.br/2010/05/laminiteaguamento.html e vc localiza o excelente trabalho dele sobre o tema, ele que é o autor das imagens que utilizamos para ilustrar esse post e assim democratizar, sem qualquer outro interesse, o acesso ao conhecimento sobre Laminite.

* com Amy Herdy que é editora do MyHorse Daily

Desenvolvimento pessoal com apoio do Cavalo

Este é o mais novo módulo de Cursos do cardápio do Rancho São Miguel, como núcleo de Horsemanship e de conhecimento sobre a natureza do Cavalo. O programa se situa entre um curso de liderança corporativa e as novas psicoterapias com apoio do Cavalo, em expansão nos Estados Unidos, principalmente.
Trata-se na verdade de um estimulo organizado e dirigido com apoio do Cavalo à decisão de cada pessoa de buscar maior auto-conhecimento e adquirir ferramentas de referência para diferentes situações e campos da vida, seja pessoal, familiar, profissional, social, comunitária.
São oito capitulos, sessões, a partir do que o cavalo nos ensina, com sua natureza compassiva, generosa, amistosa, firme, forte, livre, com suas emoções e seu instinto de sobrevivencia, com sua linguagem corportal.
O que o Cavalo nos ensina
1. A sermos mais generosos, compassivos e a respeitar o outro.
2. O Cavalo não tem respostas prontas para tudo.
3. O Cavalo equilibrado tem conexão natural com o ambiente.
4. A Natureza da Liderança entre Cavalos é natural, compassiva e servidora, mas firme
5. As ações dentro de um grupo são integradas
6. Comunicação clara, posicionamento, resposta criativa, crescimento pessoal
7. Percepção de si mesmo, auto reconhecimento
8. Desenvolvimento pessoal nos Relacionamentos
Apêndice
O Cavalo como animal de poder e medicina dos povos indígenas

O conteudo é de autoria do autor, sua reprodução é permitida mediante autorização por escrito do administrador do site e seu objetivo é contribuir para o crescimento pessoal com apropriação de valiosos ensinamentos que o conhecimento sobre o Cavalo nos proporciona. Nesta semana postamos um resumo dos dois primeiros tópicos. Boa leitura!
O que o Cavalo nos ensina
1. A sermos mais generosos, compassivos e a respeitar o outro.
O cavalo por sua natureza calma e ao mesmo tempo altiva e assertiva, ele escolhe o tempo todo, é um grande observador.
Ele observa o ambiente à sua volta, o comportamento de seus iguais, considera possíveis ameaças à sua segurança, ele usa o seu instinto todo o tempo e da observação ele sabe como agir, como se colocar e se preservar.
Assim como o Homem ele traz dentro de si a capacidade de estabelecer ligações entre as coisas que percebe através de seus sentidos. Ele usa muito o olfato, desenvolvido a ponto de sentir cheiros de hormônios, a audição refinada, o tato e a sensibilidade fina de sua pele.
Quando ele, assim como os humanos, fazem as ligações entre o que seus sentidos percebem, aí começa uma elaboração interna.
Na nossa sociedade, tensa, competitiva, estressada, as pessoas se descuidaram de cheirar, de ouvir seletivamente em meio a um profundo e constante ruído a que estão submetidas nas cidades e aglomerações, mas é perfeitamente abstrair e educar os ouvidos, a sentir cheiros e tomar consciência de como está sendo a sua respiração…. a maioria não respira – apenas inala, rápida e entrecortadamente – acumulando oxidantes, adquirindo doenças.
MENSAGEM DE ENSINAMENTO DO CAVALO
ABRA SEUS SENTIDOS – PERCEBA O AMBIENTE E SE PERCEBA – CONECTE OS FATOS E AS OBSERVAÇÕES, TOME POSIÇÃO – AJA – SEJA CRIATIVO A PARTIR DO QUE SEUS INSTINTOS E SENTIDOS TE DIZEM – REEDUQUE SUA RESPIRAÇÃO PARA INSPIRAR PROFUNDAMENTE E EXPIRAR LONGA E DEMORADAMENTE VARIAS VEZES AO LONGO DA JORNADA, ABRA A SUA AUDIÇÃO – TENHA TATO CONSIGO, COM AS PESSOAS E COM AS SITUÇÕES – ABRA E PROCURE RECUPERAR SEU OLFATO.
2. O Cavalo não tem respostas prontas para tudo.
Ele desconhece PRÉ-CONCEITOS, desconhece o que é APRIORI – ele a cada situação em que é colocado tem uma resposta criativa, do seu ponto de vista, simples, intuitivo e assertivo.
A cada momento podemos construir uma resposta que nasce sincera e honestamente dentro de cada um de nós. Essa é ou não uma contribuição que pode ser dada por Você ao mundo?. Ter respostas criativas a cada situação.
As coisas todas tem de fazer sentido. Eu elaboro as respostas a partir da realidade do momento, mais as vivências – experiências – observações do que trago comigo.
A forma superior, às vezes mais trabalhosa, de viver bem é procurar oferecer uma resposta criativa reunindo a realidade à nossa vivencia e à nossa percepção do mundo e assim responder de modo pessoal, estimulando o desenvolvimento do individuo e do grupo ao qual estamos ligados. Chega de respostas padronizadas, limitadas à idéia que foi dada de que “ é isso que esperam de Você”.
Cada situação é única, cada momento tem seus diferentes fatores envolvidos, seus sentidos e intuição reunidos aos fatos objetivos te levam à uma elaboração pessoal que pode e deve ser comungada, ser compartilhada.
MENSAGEM DE ENSINAMENTO DO CAVALO
NÃO EXISTEM RESPOSTAS PRONTAS, NÃO EXISTEM REPETIÇÕES DE SITUAÇÕES E RESPOSTAS QUE SERVIRAM NO PASSADO OU QUE SERVIRAM AOS OUTROS, QUE TE SERVEM NOS PROBLEMAS E DESAFIOS DE HOJE.
Na próxima semana, vamos compartilhar os modulos 3 e 4.

Conhecer seu Cavalo para entender suas respostas

Quando um cavalo não escolhe o que esperamos que ele escolha, dizem que é por tres razões: não entendeu, não teve tempo de responder ou seu pedido foi contraditório.Mas pode também ser por questões fisiológicas que voce desconhece. Uma delas é o ponto de vista. Como se dá a formação das imagens e o foco? Ele não vê o mesmo que nós vemos.

Em um dos capitulos do meu livro “ Conversando sobre Cavalos”, Editora Rígel-RS, trato da visão do Cavalo que tem reflexo em diferentes situações do trabalho montado, provas, manejo, enfim do cotidiano.
Por vezes o cavalo tem algumas atitudes que o cavaleiro não compreende. Muitas vezes essa reação está relacionada com a maneira como o cavalo vê, que é bem diferente do nosso ponto de vista.
A visão do cavalo

Existe uma tendência entre nós de julgarmos as atitudes e as demais pessoas do nosso ponto de vista.
Assim, de modo simplório e até certo ponto autoritário, separamos o que consideramos certo e errado, verdadeiro ou falso, a partir de nossos referenciais pessoais, de acordo com nossos padrões e educação, enfim da nossa visão de mundo, como se fosse a única, ou a única correta.
Isso, levado às últimas conseqüências, acaba gerando na relação com outras pessoas a uma intransigência, intolerância ou impaciência com opiniões alheias, ou pontos de vista diferentes. Quantas pessoas nós conhecemos que mesmo tendo muitas qualidades aparecem como “donas da verdade” pela intensidade com que afirmam seu julgamento a partir do seu próprio referencial, ou mais popularmente, do seu ponto de vista?
Penso mesmo que ninguém está livre de ter sido pego adotando essa atitude em conversas profissionais, pessoais e na vida em geral, uns com mais força outros com menos, mas principalmente os líderes, os empreendedores, incorrem nessas atitudes quase que “naturalmente”.
Quando falamos que cavalos são verdadeiros “terapeutas” é porque a convivência com esses maravilhosos seres acaba por nos obrigar a rever pontos de vista, os chamados paradigmas pessoais.
Não se consegue nada duradouro com os cavalos apenas na base da imposição e da submissão deles ao nosso ponto de vista. Muitas vezes eles demoram a responder a uma solicitação e o “cavaleiro” sentindo-se desafiado em sua exigência de pronta resposta, desce o relho ou finca a espora, “ afinal ele precisa saber quem manda”, não é mesmo?
Nada pior para a quebra de confiança, ser agredido sem saber o motivo, e para as pessoas que agem assim com seu cavalo, (que por excelência deve ser tratado como parceiro e ser trabalhado para estar sempre pronto a colaborar com o cavaleiro), apresentamos abaixo algumas características do sistema ocular do cavalo, essencialmente diferente do nosso.

A começar pela posição lateral dos olhos na cabeça. O cavalo é presa e portanto seu àngulo de visão é mais abrangente para detectar a aproximação de predadores pelas costas. Ele tem uma visão binocular, (o filme que passa no olho direito é diferente do passa no esquerdo), olhando para frente ele vê 70 graus como os humanos e mais 215 graus para cada lado. Ele vê a aproximação às suas costas sem ter que virar a cabeça.
Quando o cavalo é mau tratado ou agredido pelo cavaleiro(predador), ele fica mais ligado no que ocorre atrás dele ou dos lados e fica sem enxergar o que ocorre pela frente. Para quem faz pista isso é o fim.
Os principais pontos cegos estão entre os dois olhos e exatamente atrás de sua garupa, razão porque muitos cavalos mansos acabam a dar coices, pois simplesmente não viram o que estava atrás deles e têm o instinto de se defenderam de um “possível” predador.
Outra diferença fundamental em relação ao nosso olhar, é que os humanos têm atrás do cristalino um feixe de músculos que permitem contrair ou relaxar para ajustar instantaneamente o foco de objetos próximos ou distantes. O cavalo não tem esse feixe de músculos.
O cavalo não tem o olho esférico e sim oblíquo então quando o cavalo abaixa a cabeça ele vê objetos próximos, como a comida no cocho e os mais distantes levantando a cabeça. Posicionar corretamente a cabeça em uma trilha, uma pista com obstáculos, ajuda o cavalo a dimensionar o objeto e sua distância em relação a ele.
A responsabilidade do cavaleiro aumenta quando ele usa rédeas curtas e encapota a cabeça do cavalo, restringindo sua visão apenas ao que está imediatamente abaixo dele.
Por fim, a questão da visão a cores ou noturna. O que permite enxergarmos todo o espectro de cores são estruturas sensoriais chamadas cones, os quais, temos em maior quantidade que os cavalos. Já a percepção de claro e escuro é definida por estruturas chamadas bastonetes e pesquisas recentes comprovam que os cavalos os têm em maior quantidade que nós.
Assim, cavalos enxergam os espectros de duas cores, provavelmente azul e vermelho, ainda que não as definam exatamente como nós e nos superem em muito na visão noturna.

O segundo tópico que diferencia nossa visão do equino é com relação à acomodação do cristalino. No ser humano, o cristalino, que é a lente que permite a visão, é fixado no olho por um grupo de músculos que ao contrair ou ralaxar permitem o foco das coisas próximas ou distantes do seu campo de visão. No cavalo esses músculos não existem. Então como o cavalo foca objectos distantes ou próximos? O olho do cavalo não é totalmente esférico e o cristalino do cavalo está colocado em posição fixa, mas INCLINADA em relação ao eixo do olho. Isso permite que o cavalo possa focar objectos próximos ( o alimento) abaixando a cabeça, e os distantes (você a chegar ao longe) levantando a cabeça! Tenha isso em mente na próxima vez que travar a cabeça do seu cavalo com rédeas restritivas, como as alemãs, ou não permitir ao seu cavalo abaixar a cabeça para ver o obstáculo que ele está abordando.

Em terceiro lugar temos o eternamente discutido tópico: os cavalos vêm a cores ou não? Primeiramente devemos esclarecer que para que um animal possa ver como nós, ele deve possuir na sua retina (no fundo do olho) dois tipos de sensores: bastonetes, responsáveis pela visão noturna e pela sensação de claro e escuro, e os cones, responsáveis pela visão diurna e pela distinção das cores, que no homem são de três tipos. Durante anos os pesquisadores afirmaram veementemente que os cavalos não poderiam ver colorido pela falta de total de cones. Entretanto, uma pesquisa do ano de 2002 da Universidade de Wisconsin (USA), provou que os cavalos possuem, em muito menor quantidade que o homem, 2 tipos de cones: para a visão do espectro do vermelho e do azul. E mesmo essas cores são percebidas diferentemente em relação à nossa visão.

As últimas diferenças importantes entre a visão do cavalo e a do homem estão ainda na percepção nos detalhes, que é bem maior no homem do que no cavalo, ou seja, de longe o cavalo vê como uma pessoa míope e reconhece o dono mais pela voz, passadas e por movimentos típicos de cada um do que pela visão, e outra diz respeito ao tempo de acomodação da retina em ambientes claros e escuros. O homem consegue acomodar a visão da luz para a escuridão e vice-versa em menos de 2 segundos, enquanto que o cavalo leva mais de 6 segundos, para conseguir enxergar com nitidez. Isso é importante em provas em recinto fechado, onde os cavalos se aquecem na penumbra (onde veem muito melhor que nós) e subitamente entram em uma arena iluminada onde o cavaleiro logo começa a exigir do seu animal sem lhe dar tempo para acomodar a visão (agora quem está vendo bem é só o cavaleiro), ou ainda em trilhas onde se passar de um local ensolarado para um caminho escurecido por árvores, quando muitas vezes refugam, ou não querem entrar, justamente porque não estão enxergando as condições do solo onde tem de colocar os pés.